Em entrevista exclusiva, Pedro Scooby falou sobre Piovani, Anitta e até sobre a suposta relação homossexual
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Em entrevista exclusiva, Pedro Scooby falou sobre Piovani, Anitta e até sobre a suposta relação homossexual

Assim como o mar, que pode 'virar' de repente, Pedro Scooby viu sua vida se transformar nos últimos tempos. Ele ganhou notoriedade não só pelas ondas gigantes que pega em várias partes do mundo, mas, principalmente, por ter seu nome nas manchetes dos jornais, sites e revistas pelos seus relacionamentos com a atriz Luana Piovani e, mais recentemente, a cantora Anitta.

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Entre altos e baixos, o surfista de 31 anos passou por uma verdadeira onda gigante de exposição. Neste bate-papo exclusivo com a coluna, Scooby abriu o coração sobre o envolvimento com Anitta e Luana e falou pela primeira vez em uma entrevista sobre a última polêmica em que seu nome esteve envolvido: uma suposta relação homossexual.

Como Pedro Vianna virou Pedro Scooby?

Eu virei Pedro Scooby na praia. Os amigos botavam apelido em todo mundo e falavam que eu parecia o Scooby-Doo, o cachorro (do desenho animado), aí virei o Pedro Scooby. Até hoje não sei se é porque eu falava embolado ou se tenho cara de cachorro mesmo (risos).

Cara de cachorro ou atitude de cachorro?

Eu era novo ainda na época. Essa fase começou depois.

Como começou no surfe?

Meu pai que me ensinou a surfar quando eu tinha 5 anos de idade, ele me botou pra pegar onda e depois fui viver um mundo dos cavalos, porque meu pai mexia com isso. Depois que voltei pra praia para fazer escolinha com 9, 10 anos eu nunca mais parei. Só depois comecei a competir e a ganhar campeonato. Minha carreira começou mesmo aos 13 anos, quando comecei a ganhar dinheiro com isso.

Na época em que namorou Anitta, muita gente achava que você ficava nas costas dela. Mas seu trabalho é pegar onda grande e arriscar a vida, não é?

Isso. Mas nem sempre foi assim. Fui competidor, já ganhei muitos campeonatos na minha vida. Mas, em algum momento, eu achei interessante fazer essa transição para pegar onda gigante. Optei por isso e foi muito bom para minha carreira. Tive uma exposição muito grande, pois não atinge só quem gosta de surfe, mas qualquer pessoa que assiste à onda gigante e se impressiona com aquilo.

Por que você decidiu deixar de competir?

Competição é muito difícil, a realidade é essa, porque é muito subjetivo, depende de onde rola o campeonato. Então o lance não é você ser o melhor surfista, e sim ser o melhor competidor, com a melhor cabeça, com melhor tudo. Você disputa um jogo ali.

O seu dinheiro vem do patrocínio então?

Sim, desde os meus 13 anos de idade. Fui contratado pela Nike durante 13 anos e acabou o patrocínio neste ano. As pessoas têm uma impressão de que para você ser bem-sucedido você tem que ter um título ou você tem que ser um cara que ostenta, para mostrar que tem dinheiro. Eu sou um cara que o primeiro carro que tive na vida foi de R$ 600 mil. As pessoas acham que eu tenho que ostentar. Os presentes que dei para a Luana e para minhas ex-namoradas sempre foram presentes que os meus amigos milionários não dão.

As pessoas acham que para ser bem-sucedido tem que usar terno, né?

É porque eu ando descalço. Sou maior maluco porque paro no sinal e coloco os meninos da rua no meu carro, levo pra praia comigo, e também levo para jantar no Rio Design (shopping) comigo, em restaurantes caríssimos. Eu sou assim, eu tenho esse estilo de vida que o surfe me trouxe, graças a Deus. Fui nascido e criado em Curicica. Desde que eu tenho 13 anos, meu pai nunca mais me deu dinheiro. Eu sustentei minha família durante anos, fui o homem da casa com 15 anos.

Você tem isso de pensar no outro, né?

Eu sou assim. Quem convive comigo sabe que eu sou um cara de dividir. Sempre meus amigos andam com roupa de marca de patrocinador meu, sempre fui mão aberta com todo mundo. Sempre levei todo mundo para a noitada e nunca fiz questão de cobrar nada de ninguém. Eu não equilibro meus amigos por situação financeira, nem status, nem por nada.

Como está sua vida de pai agora que está separado?

Graças a Deus tenho uma boa relação com a Luana hoje em dia. Sempre fui um cara muito dedicado. Todo mundo sabe que fui eu que ensinei meus filhos a pegar onda, andar de skate, nadar. Não os coloquei numa aulinha de natação. Além de várias outras coisas. Eu sou um pai muito presente na vida dos meus filhos. O que acontece é que, em algum momento, o acordo entre mim e a Luana não estava dando certo. Nunca atrasei nem um dia a minha pensão para ela. Nunca tive esse problema, sempre paguei uma pensão altíssima. Entendo que tenho três filhos e tal. Muita pessoas falam "que cara encostado". Encostado em quê? Eu pago R$ 10 mil de pensão para os meus filhos. O que acontece é que sempre optei pela minha felicidade. Se tem algo que não traz a minha felicidade eu não quero. Não busco dinheiro nem fama, e sim busco felicidade.

Você conhece o jogador de basquete israelense Ofek Malka, o novo namorado de Luana?

Não o conheço, mas ele está fazendo muito bem para ela. Se está fazendo bem pra ela, está tudo certo. Nunca tinha ouvido falar nele, mesmo porque eu não acompanho basquete. Mas ele parece ser uma pessoa muito competente no esporte dele. Eu quero mais é que ele faça a Luana muito feliz. Que, se um dia ele conhecer meus filhos, se der certo essa relação, que ele trate todos eles bem.

Você não tem ciúme dos seus filhos?

Você viu?

Não. Zero ciúme. O problema vai ser se um dia meu filho falar "o namorado da mamãe me trata mal", mas acho que a Luana, sendo a mãe leoa que é, nunca deixaria isso acontecer. Então eu também tenho essa confiança. Eu tenho uma relação maravilhosa com meus filhos, eles me contam tudo.

Parece que a sua relação com Luana melhorou depois de terminar seu namoro com Anitta...

Na verdade, eu sempre quis ter uma boa relação com ela. E ela aceitou num outro momento e, de repente, a gente pôde conversar melhor sobre minhas intenções como pai e que eu a respeito. E é isso que eu quero para a minha vida. Eu não quero briga com ninguém.

E como está sua relação com Anitta? Vocês se falam?

Não, a gente não se fala. Não ficou a amizade. Mas ela é uma pessoa muito especial, eu guardo com carinho tudo que a gente viveu. É uma pessoa maravilhosa, acho uma baita profissional, supercompetente.

Me fala sobre a modelo Cintia Dicker. Está rolando?

Não está rolando nada. O povo cria relacionamentos... Eu estava viajando para Nova York, conheci muita gente, inclusive ela. Ela tem a vida dela e eu tenho a minha. E tá tudo certo! Ela é uma pessoa incrível também, gente boa pra caramba. A gente é amigo.

Você se acha bonito?

Não. Não me acho um cara bonito, mas sim um cara interessante. Alguma coisa interessante as pessoas veem em mim porque sempre fui um cara que vira e mexe trabalho com moda.

Já pensou em ser modelo?

Não, impossível. Eu sempre falo que quero ser contratado para ser fotografado, mas como surfista.

Não tem medo dessas ondas gigantes? Sua mãe não fica preocupada?

Já tive vários acidentes. É uma profissão de risco. Já entrei na água com um surfista e ele morreu lá dentro. Minha mãe fica nervosa, mas hoje em dia ela é mais acostumada. Eu faço isso desde muito novo.

Você tem medo da morte?

Não. Nenhum medo. Vivo tão intensamente a vida. Sou um cara tão verdadeiro e vivo o dia como se fosse o último da minha vida. Sou um cara bem tranquilo para morrer. Se acabar minha vida neste momento, falo "foi foda minha vida até agora, fiz tudo o que quis fazer, na hora que quis fazer, falei na cara das pessoas o que eu pensava", e é isso.

E sobre o caso do Luan, o jornalista que afirmou ter tido uma relação com você?

Nem existiu nada, então nem tem o que comentar. Não sei ainda se vou processá-lo. Eu sou um cara que levo a vida muito de boa. Acho que é muito fácil, hoje em dia com a tecnologia que tem, pegar e fazer uma montagem com os outros. Mas eu não tenho que ficar me justificando para ninguém. Cada um acredita no que quiser. Acho que esse assunto não é para ser falado, porque é algo que não existiu na minha vida. Passou ali e eu não tirei para nada por ser mentira.

Você tem muitos amigos gays?

Eu sou um cara que tem a mente muito aberta. A minha casa, na época em que era casado, era mais frequentada por gays do que por héteros, e gays lindos e maravilhosos, amigos que sempre amei, que abracei. Então, todos os meus amigos sabem que tenho a cabeça aberta, eu não tenho medo de ser gay. Só não me sinto atraído. Sou um cara que levanta a causa, defendo meus amigos. Se eu vejo uma atitude homofóbica, sou o primeiro a defender. Não teria problema nenhum quanto a isso. Se eu fosse gay eu ia ser o primeiro a falar "sou gay maravilhoso e tá tudo certo. Galera, estou gostando de homem pra caralho e tá maravilhoso", eu seria o primeiro a falar isso. Sou mulherengo, sempre emendei uma namorada na outra. Beleza não é uma coisa a princípio pra mim. Sou um cara que brinco com os gays, gosto de abraçar, não tenho problema em trocar de roupa, pelo contrário. Sempre fui elogiado pelos meus amigos pela forma que eu os trato.

Isso te incomodou?

Eu acho que eu ia ganhar muito dinheiro se eu me assumisse como o primeiro surfista gay. Ia fazer muita campanha, ser capa de todas as revistas, mas não é o meu caso. Todo mundo veio me ligar, me perguntar sobre isso. Eu contei rindo nos stories sobre a situação, em tom de brincadeira. Por mais que a gente viva nesse mundo de fofoca, todos os jornalistas sérios me ligaram e falaram "Scooby, tá acontecendo uma situação assim, mas eu vi que era uma mentira e resolvi não publicar. O que você acha disso?". Não quis comentar porque não existiu esse caso na minha vida. Os próprios jornalistas sérios levantaram minha bandeira e me defenderam. Às vezes, as pessoas querem — e essa é uma coisa que me incomoda no ser humano — ver o mal do outro. Pessoas assim pensam: "Eu sei que é mentira, mas vou zoar, vou replicar isso porque quero ver aquele cara ali f... No Brasil, uma parte delas se incomoda com a felicidade dos outros. Isso é nítido.

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Você teve que explicar para alguém essa história, para os seus filhos?

Meus filhos não acessam a internet, não têm celular, não têm Instagram, nem nada disso. O Youtube deles é permitido apenas para uso infantil. Meus filhos são superativos, são crianças inteligentes e maravilhosas. A própria Luana riu dessa história toda, mesmo porque o mesmo cara tentou contar a mesma história em 2012. Ela riu demais. Eu não tenho que ficar me justificando.

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