Atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros com "A Sombra do Pai", Gabriela Amaral Almeida já tem um novo projeto encaminhado e começa a filmá-lo em setembro. "Cadeira Escondida", assim como seus filmes anteriores, também será uma produção de terror, mas dessa vez "um filme de exorcismo
", observa ela.
Depois de redimensionar o slasher à brasileira com "O Animal Cordial" e se apropriar de códigos de Stephen King no dramaticamente robusto "A Sombra do Pai" , Gabriela Amaral Almeida expande sua autoralidade em um gênero em que poucos cineastas brasileiros se exercitam com acintoso destaque.
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"Acho o horror um gênero com potencial alegórico muito forte", salienta. "Ele tem um fundo filosófico de valorização da vida muito presente, afinal a gente teme pela vida do outro".
A cineasta, que é mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA, disse que o momento no Brasil, afeito a embates, está gerando muita ansiedade. " O horror, como gênero, absorve essas ansiedades e as traduz".
Gabriela Amaral de Almeida vê este momento histórico do País como "fértil" para o gênero e o relaciona ao pós-segunda guerra mundial para o cinema americano.