O último ano viu uma onda de bons papeis para mulheres no cinema, com filmes liderados por mulheres na ponta da disputa pelo Oscar, como “Três Anúncios Para um Crime” e “A Forma da Água”. Em 2017, também vimos o efeito que “ Mulher Maravilha ” trouxe, em bilheteria e representatividade .
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Mas, mesmo com esses ótimos indicativos, essa percepção pode ser apenas superficial, já que um estudo recente mostra que, na verdade, o número de produções de cinema com mulheres como protagonistas diminuiu em 2017.
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De acordo com o Centro de Estudo das Mulheres na televisão e no Cinema, elas foram protagonistas em 24% das 100 produções que mais arrecadaram dinheiro nos EUA. Esse número é 5% menos do que em 2016. O estudo ainda esclarece que a classificação delas como protagonistas inclui “personagens cuja perspectiva a história é narrada”.
O estudo ainda faz apontamentos em relação a mulher negra, deixando a margem ainda mais estreita: dos filmes protagonizados por mulheres, 74% eram brancas. O número de negras protagonistas aumentou, mas bem pouco: de 14% para 16%. No caso das asiáticas, o aumento também foi bem pequeno, de 6% para 7%, enquanto o das latinas mais que dobrou: de 3% para 7%. Ainda assim, todas elas tem mais chance de serem protagonistas em filmes independentes (65%) do que produções de grandes estúdios (35).
Surpreendente
O número é surpreendente, não só pelo sucesso de “Mulher Maravilha”, mas também por que nada contra a corrente de anos anteriores. Em 2016, o mesmo centro, que fica na Universidade de San Diego, fez um estudo similar, com resultados bem mais positivos. Dos 100 filmes que registraram maior bilheteria no ano, 29% tiveram uma mulher como protagonista. Comparado ao ano de 2015, a porcentagem teve um ganho de 7% e, no geral, o número de personalidades femininas nas produções aumentou de 34% para 37%. Filmes como “ Estrelas Além do Tempo ”, “Divergente” e “Caça-Fantasmas” ajudaram nessa projeção.
Protagonismo
Ainda assim, o ano pode ser considerado positivo em alguns aspectos. “Mulher Maravilha” fez tanto sucesso que acabou sendo o chamariz para “Liga da Justiça”, que estrearia meses depois. E, mesmo não sendo protagonistas, outras mulheres ganharam destaque, como a heroína Valkyrie (Tessa Thompson) e a vilã Hela (Cate Blanchett) em “Thor: Ragnarok”. Entre os filmes do oscar, além dos citados acima, “The Post” tem Meryl Streep como protagonista, “ Lady Bird ” é protagonizado, dirigido e escrito por mulheres e “Eu, Tônya” se dispõe a contar uma biografia de uma mulher sem medo de mostrar suas falhas. Os números podem ser decepcionantes, mas as personagens femininas ficam cada vez mais interessantes, e seus filmes mais bem sucedidos.
A caminho do Episódio IX
J.J. Abrams confessou em uma entrevista recente que já terminou o roteiro do Episódio IX de “ Star Wars ”. Ele disse que a versão final está praticamente terminada, e ainda contou que as gravações do episódio final da saga começam no final de julho.
Noite sem núpcias
Mais uma vez repetindo histórias dentor da mesma novela, agora quem se casa e vai passar a lua de mel no Rio de Janeiro é Melissa (Gabriela Mustafá) e Diego (Arthur Aguiar) em “ O Outro lado do Paraíso ”. Mas, ao contrário de Lauta (Bella Piero) e Rafael (Igor Angelkorte), quem não irá querer transar vai ser o marido. Adepto dos bordeis, ele vai rejeitar a esposa, se negando a “deflorá-la”. A discussão dos dois vai ao ar nessa segunda-feira (26).
Cinema na TV
A Fox está com uma bela programação em preparação para o Oscar que acontece no próximo domingo (04). Na faixa da meia noite o canal vai exibir ótimos filmes durante toda a semana, começando na segunda-feira (26) com “Ex-Machina”. Ainda serão transmitidos “Gravidade”, “A Hora Mais Escura”, “12 Anos de Escravidão”, “Alice no país das Maravilhas” e “Batman: O Cavaleiro das Trevas”.
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