O Rock in Rio pode ser considerado o maior festival de música do Brasil. Mas é fato que o evento não investe tanto em bandas nacionais, principalmente as mais recentes, que estão produzindo trabalhos novos. O Lollapalooza , que também é um nome forte no circuito musical, também não tinha grande representatividade de artistas nacionais, apesar de escolher músicos mais atuantes. A próxima edição, porém, já mudou isso, com cerca de 20 atrações nacionais no line-up, entre elas, a banda O Terno . “Quando tocamos no Lollapalooza pela primeira vez, em 2015, tinha umas seis ou sete bandas nacionais” comenta Guilherme d’Almeida, baixista da banda, em entrevista ao iG . “Eu fiquei bem impressionado com isso. São bandas que fazem parte da cena e conseguiram esse espaço por mérito”, acredita.
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Mas, se esses grandes festivais começam a apostar na força dos novos artistas nacionais, eventos menores espalhados pelo Brasil já o fazem há anos. Porão do Rock em Brasília, João Rock em Ribeirão Preto, Circadélica em Sorocaba e o Dosol em Natal são alguns exemplos de festivais que seguem apoiando os artistas brasileiras que fazem a nova cena do rock . “Rock”, no caso, sendo uma descrição muito simples do que a música nacional tem apresentado nos últimos anos. “Esse rótulo é tão vasto e genérico que ele não representa nada”, comenta Guilherme. O último disco d’O Terno, “Melhor do Que Parece”, o terceiro da banda, expandiu o estilo do grupo para além do rock, incluiu metais e fez até incursões ao samba. Guilherme acredita que esse disco seja mais plural, uma consequência do amadurecimento do trio (que trocou de baterista entre o segundo e terceiro disco).
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Quente, muito quente
Mesmo empolgado para voltar ao palco do Lollapalooza, que terá novo repertório e a presença de um trio de metais, Guilherme também comemora a participação em outros festivais pelo Brasil, como o Febre, que ocorre neste final de semana em Sorocaba (SP). “Um festival como o Febre é mais quente, inclusive pela distância física”, comenta. Para ele, é difícil comparar os dois estilos de festival, já que cada um tem seus pontos positivos, mas em eventos menores ele acredita sentir mais a resposta do público, que é mais direcionado.
Sair do eixo Rio-São Paulo, inclusive, propicia a existência desses festivais. Guilherme explica que levar uma banda de São Paulo para Natal, por exemplo, é caro e pode não ser viável em um local pequeno, para 150 pessoas. Em um festival, explica, “é mais fácil fechar a conta”. No fim, fica bom para todo mundo: os preços não são tão abusivos para quem vai, e quem toca tem a oportunidade de mostrar sua música para um público maior.
Cenário fértil
A música nacional nunca esteve em decadência, mas a maneira de divulgar as bandas com certeza mudou nos últimos nãos. Muito disso se deve a “falecida” MTV, que parou de vez de produzir conteúdos relacionados a música. Antes uma plataforma recorrente para novos artistas, eles agora buscam novas maneiras de divulgar seu trabalho. “Por conta da internet, de repente o mundo inteiro pode te ouvir, porém não há uma curadoria”, comenta Guilherme.
Você viu?
O baixista vê as bandas mais criativas na divulgação de seus trabalhos. Mas, não só isso, imaginativas também na criação. “Com a democratização de técnicas de gravação, qualquer um se tiver um computador e um cabo de guitarra grava um disco”. Para ele, esse processo foi essencial para que os artistas tomassem mais conta do processo de gravação – muitas vezes feito sem interferência externa. Essa característica permite que os artistas sejam mais inventivos e façam coisas diferentes. “No Brasil acaba gerando bandas muito específicas, é o universo da cabeça de cada um”. E é nesse “bolo” que O terno se insere, muito bem diga-se de passagem. A banda sobe ao palco do Festival Febre neste sábado (07). Tulipa Ruiz, Tiê, Mombojó e Linn da Quebrada também participam do festival que acontece de sexta-feira (06) a domingo (08).
Mais “Easy”
É oficial: “ Easy ” vai voltar para uma segunda temporada na Netflix . O serviço de streaming anunciou a chegada de novos episódios dia 1 de dezembro. A série criada por Joe Swanberg mostra os casos e acasos de diversas pessoas que tem suas vidas conectadas, ou não, em Chicago. Com uma história diferente a cada episódio, a primeira temporada tratou de amor, traição, sexo a três, e como diferentes gerações lidam com sexo, entre outras coisas.
A segunda temporada contará com alguns nomes que já apareceram na primeira, como Zazie Beetz, Dave Franco, Elizabeth Reaser e Aya Cash. A eles, novos nomes como Aubrey Plaza, Judy Greer e Joe Lo Truglio se unem ao elenco.
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Ladeira abaixo?
Harvey Winstein já viu dias melhores. Um dos maiores “chefões” de Hollywood, o produtor está por trás de grandes produções, como “Gangues de Nova York”, “Lion” e “Pulp Fiction” e é considerado um dos maiores nomes da indústria. Mas, além de seu poder no cinema, Weinsten é o centro de muitos boatos ao longo dos anos sobre possíveis atitudes ilícitas, inclusive assédio sexual, oferecendo oportunidades de carreira para atrizes em troca de favores sexuais. Antes especulações, essas histórias viraram uma reportagem de denúncia, publicada inicialmente pelo New York Times na última quinta-feira (5). De acordo com a Hollywood Reporter , além do New York Times, a The New Yorker trabalha em histórias sobre o comportamento pessoal do magnata.
O produtor está envolvido em três filmes que serão lançados nos próximos meses, bem quando começa o período de lançamentos visando premiações. O primeiro deles, “The Current War” pode se tornar um forte candidato nas categorias de atuação, com elenco que inclui Benedict Cumberbatch , Tom Holland e Michael Shannon. “Terra Selvagem” e “The Upside”, com Nicole Kidman , também são produzidos por Weinstein. Com seu poder em Hollywood, dificilmente ele terá posição afetada, mas no curto prazo, as acusações podem prejudicar os filmes mais recentes. Quando perguntado sobre as alegações, a resposta de Weinstein foi a seguinte: “essa história parece tão boa que eu quero comprar os direitos do filme”.
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