A cantora Ana Castela está no centro de uma batalha judicial contra o empresário Agesner Monteiro, que a acusa de afastá-lo de forma irregular das participações nos lucros de sua carreira. O caso envolve contratos milionários e denúncias de ambas as partes. As informações são de Fábia Oliveira, colunista do Metrópoles.
Monteiro, que tinha 20% de participação contratual na carreira da sertaneja, afirma que foi excluído sem justificativa formal em outubro de 2022, após o sucesso da artista. Ele alega prejuízos superiores a R$ 150 milhões, incluindo lucros de shows, royalties e publicidade.
Ana afirma que o contrato firmado com Monteiro em 2020, quando ela era menor de idade, foi assinado sem o devido consentimento. Segundo a cantora, o documento é abusivo e desequilibrado, favorecendo apenas o empresário, que teria investido apenas R$ 20 mil dos R$ 100 mil prometidos.
A artista declarou que encerrou o contrato em 2022, notificando Monteiro extrajudicialmente. Em sua defesa, Ana argumenta que o empresário busca se beneficiar de seu sucesso sem ter contribuído de forma justa. “É um contrato prejudicial, que me obriga a trabalhar enquanto outra pessoa usufrui do meu esforço”, afirmou.
Ana também moveu uma ação paralela para anular o contrato, alegando que o mesmo foi firmado em condições inadequadas e sem a revisão necessária por parte de seus responsáveis legais. Monteiro, por outro lado, afirma que o contrato era válido até 2027 e que seu rompimento foi uma atitude “desonesta e criminosa”.
Ele apresentou documentos e mensagens para sustentar que seus investimentos foram cruciais para o sucesso inicial da cantora, incluindo a produção de hits como Boiadeira Remix e Pipoco, este último em parceria com Melody, que dominou as paradas do Spotify Brasil.
Além da disputa civil, Monteiro denunciou Ana Castela, seus pais e sócios ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC-SP), acusando-os de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa.
A Justiça determinou que o processo movido por Ana Castela, que busca anular o contrato, seja analisado antes do pedido de prestação de contas de Monteiro. A decisão sobre a validade do contrato será determinante para os desdobramentos do caso.