A atriz Débora Falabella vive há mais de 10 anos uma história de perseguição digna de série. Em 2013 a atriz encontrou uma fã em um elevador, a quem atendeu um pedido de foto, depois disso a mulher começou a mandar mensagens, presentes e até a tentar entrar no condomínio em que a atriz mora em São Paulo, segundo informações publicadas pelo G1.
Dois anos depois do primeiro encontro, e de já ter enviado uma série de presentes, a mulher tentou invadir o camarim da atriz em um teatro, impedida por seguranças. Na época, Débora registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia, mas desistiu de seguir com o processo.
Em 2018, ela foi assistir a uma peça da atriz em São Paulo, sentando-se na primeira fileira. Porém, no momento em que a atriz entrou em cena, a mulher se levantou e saiu do teatro.
A mulher persistia em enviar mensagens para Débora nas redes sociais, chegando a afirmar que tinha relações sexuais com a atriz por uma “loucura telepática”. Em 2022 aconteceu o fatídico dia em que ela tentou entrar no condomínio onde a atriz mora, sendo então denunciada pelo crime de stalking (perseguição).
Meses depois, a perseguidora apareceu em uma pousada na Bahia, onde Débora costumava passar férias e a enviou um presente, um livro Romeu e Julieta, com a dedicatória: “Para o meu Romeu, com muito amor”.
A justiça então concedeu uma medida protetiva para proibir que a mulher se aproximasse a uma distância física de 500 metros, além de proibir que ela entrasse em contato por qualquer outro meio de comunicação - o que não foi cumprido.
Em junho de 2023, o Ministério Público tornou a mulher ré por perseguição e o juiz instaurou um incidente de insanidade mental, para verificar se a mulher havia ciência de seus próprios atos, garantindo que ela poderia ser responsabilizada e cumprir algum tipo de pena em caso de condenação.
Em setembro do mesmo ano, a mulher enviou uma mensagem para Débora, dizendo que a vida dela não tinha mais sentido “quando penso que nunca mais poderei assistir a uma peça sua”.
Com o pedido de prisão preventiva pela equipe jurídica de Débora, a defesa da suspeita informou que ela estaria internada em uma clínica psiquiátrica e que sua retirada prejudicaria o tratamento, podendo levar a um novo surto psicótico.
O MP pediu uma nova avaliação, constatando que a mulher não havia comparecido para exames anteriores. Em fevereiro de 2024 ela teve sua prisão preventiva decretada em recife.
A defesa da stalker pediu revogação da prisão, alegando que ela sofreria de transtornos como esquizofrenia e bipolaridade. A justiça negou o pedido, mas em março uma perícia psiquiátrica a diagnosticou com esquizofrenia.
"É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela que, com certeza, tem problemas. Estão cuidando para que seja da melhor forma possível, tanto pra mim quanto pra ela", comentou Débora falabella em uma entrevista ao O Globo.
A artista disse que torce para que a suspeita receba ajuda. "É ruim. Tem uma perseguição atrás por um trabalho que faço e pelo qual essa pessoa chega até a mim. E tem a vida dela. Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que seja".
"Fico com medo, porque nunca se conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato. Chato por tudo, porque também quero que ela fique bem", desabafou ela sobre o pedido de prisão preventiva ter sido revogado.