Letícia Birkheuer denunciou o ex-marido por violência doméstica
Reprodução/Instagram - 31.03.2024
Letícia Birkheuer denunciou o ex-marido por violência doméstica

Esse texto contém conteúdo sensível e alerta de gatilho. Ao se deparar com um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.

Depois de denunciar o ex-marido, Alexandre Furmanovich, Letícia Birkheuer republicou um texto nesta manhã de segunda-feira (1), onde uma psicóloga fala sobre os traumas que a violência doméstica causa nas crianças. O post vem um dia depois de a modelo afirmar que sofreu violência psicológica do ex.

"Presenciar violência doméstica está entre as experiências adversas na infância geradora de traumas. Se você desrespeitar, machucar, humilhar, xingar a mãe de seus filhos, você os sujeitará a traumas. Mesmo que você acredite que eles não compreendem, fique sabendo que eles observam e sentem tudo", diz o texto escrito pela psicóloga Sailin Vieira.

"Os filhos que presenciam as inúmeras violências praticadas pelo agressor podem desenvolver traumas ao longo do tempo com sintomas de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, dependência química, problemas de relacionamento. Eles também correm risco de ter prejuízos cognitivos, como distúrbios na aprendizagem. Testemunhar a angústia da mãe durante os maus-tratos torna-se uma lembrança duradoura. A mãe é o vínculo afetivo inicial, e presenciar seu sofrimento, sentir seu desamparo e não poder ajudar é profundamente traumático", conclui a publicação.

A postagem vem um dia depois de Letícia denunciar o ex-marido, Alexandre Furmanovich, por agressão. A modelo fez um desabafo nas redes sociais onde revelou a violência. "Nenhuma mulher deve ser agredida, violada ou ameaçada. Fui agredida durante o casamento. Mais de 10 anos após estar separada, fui ameaçada de forma grave, injusta, dentro de um restaurante. A violência contra nós mulheres não para", começou ela.

"Meu ex-marido, pai do meu filho, gritava, em um restaurante, que só não quebraria minha cara porque estava na presença de nosso filho, de uma criança. Fui agredida psicologicamente. Ameaçada. Aterrorizada. Ele tentou e tenta me destruir", acusou. "Há testemunhas. Há vídeos. Há uma segunda medida cautelar da Lei Maria da Penha em meu favor. Nada disso o deteve".

"Sinto-me insegura, vulnerável, o pai de meu filho é um empresário do setor de joias, dono de joalheria, e se sente muito poderoso. Mas não posso baixar a cabeça. Busquei força e coragem na minha mãe, nas minhas tias, nas minhas avós, minhas amigas. Todas mulheres de fibra", disse.

"Resta-me confiar nas autoridades públicas e lutar para que a mulher seja respeitada pelo simples fato de ser mulher. Se esse meu relato inibir um único ato de violência, terá significado expor um assunto que tanto me entristece e fragiliza. Não se calem. Em caso de violência doméstica, procurem a Polícia, a Justiça. Lutem pelos seus direitos", terminou Leticia.

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