
O corpo de Rolando Boldrin foi velado, na manhã desta quinta-feira (10), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O apresentador da TV Cultura morreu no fim da tarde de quarta-feira (9)
, em São Paulo.
O velório está sendo realizado no Hall Monumental da Alesp, com participação do público e de fãs, e deve continuar até às 15h. Depois, às 17h, o corpo de Boldrin vai ser enterrado no cemitério Gethsêmani Morumbi.
Rolando Boldrin, que comanda um programa na TV Cultura, estava internado há dois meses e morreu. O artista sofreu insuficiência respiratória e renal.
Vida e obra de Rolando Boldrin
Boldrin, o sétimo filho de uma família de 12 irmãos, nascido em 22 de outubro de 1936, foi o único “encarregado” de cantar e contar a nossa terra em verso e prosa desde muito cedo. Saído do interior de São Paulo, da cidade de São Joaquim da Barra, virou ator de filmes premiados e de novelas acompanhadas no Brasil inteiro e até no exterior, e tornou-se compositor, cantor, apresentador e, claro, grande contador de causos.

Como ator, Rolando atuou em mais de 30 novelas, como “O Direito de Nascer”; “As Pupilas do Senhor Reitor”; “Os Deuses Estão Mortos”; “Quero Viver”; “Mulheres de Areia”; “Os Inocentes”; “A Viagem”; “O Profeta”; “Roda de Fogo”; “Cara a Cara”; “Cavalo Amarelo” e “Os Imigrantes”.
Rolando Boldrin teve enorme contribuição na história da TV Cultura. Com o “Sr. Brasil”, o qual apresentou por 17 anos, "tirou o Brasil da Gaveta" e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país. Em seu programa, o cenário privilegiava os artesãos brasileiros e era circundado por imagens dos artistas que fizeram a nossa história, escrita, falada e cantada, e que já viajaram, muitos deles "fora do combinado", conforme costumava dizer Rolando.
Na televisão, ainda apresentou os programas “Som Brasil” na Rede Globo, “Empório Brasileiro” na TV Bandeirantes e “Empório Brasil” no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do “Sr. Brasil” desde 2005.