Nesta quarta-feira (9), Preta Gil esteve no "Globo News Mais", para falar de Gal Costa, que morreu, nesta manhã, aos 77 anos. A cantora, que era afilhada da cantora, relatou relação de mãe e filha que tinha com Gal.
"Ser afilhada dela foi um dos maiores presentes que eu podeira ter nessa vida. Hoje eu vi um vídeo dela falando que ela foi uma das primeiras pessoas que me pegou no colo e que se emocionou. Sempre senti a Gal, a vida inteira, como essa grande mãe, esse grande colo e inspiração. Todas as minhas memórias afetivas, desde a minha infância até minha adolescência, passa pela nossa relação".
"Nossa relação era afetiva pessoal. Eu e Moreno [Veloso] tívemos esse privilégio de sermos afilhados. Então, ela tinha essa relação de mãe com a gente e também de grande influência profissional, mas, antes de tudo, vem a mãe, a madrinha Gal, que era essa doçura, como meu tio Caetano e meu pai Gilberto Gil falaram. Ela foi uma madrinha muito presente, potente e vital para que eu fosse a mulher que eu sou hoje", completou a cantora, emocionada.
Depois de definir a madrinha, como "à frente do seu tempo", Preta relembrou os mimos que Gal dava à ela. "Minha mãe conta que ela me colocava para ninar cantando. Isso não tem como ser separado de como isso me influenciou a ser cantora."
A cantora, então, disse que Gal era a maior referência dela na música: "Eu sempre tive minha madrinha, como minha maior referência. Como a amior cantora do Brasil. Por isso, tive muito meod de começar a cantar, tanto que comecei minha carreira artística tarde, aos 28 anos. E ela sempre me incentivava, falava: 'Deixa de bobagem. Cada um é um. Você vai encontrar esse caminho'.
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"Me lembro criança, ela deixava eu ter acesso livre ao closet dela. Eu lembro de eu saindo do armário dela com aquele roupa brilhante, imitado ela. Ela sempre foi minha plateia e me incentivou.(...) E, na vida adulta, a gente se tornou grande amigas", relembrou Preta que ainda assistiu a um vídeo de Gal cantando parabéns para ela com a família. Veja:
Morte de Gal Costa
Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos, em São Paulo. O motivo da morte ainda é desconhecido e informações sobre o velório e sepultamento serão divulgadas posteriormente, segundo a equipe da artista. Gal deixa um filho, Gabriel, de 17 anos.
Maria da Graça Costa Penna Burgos, conhecida no mundo como Gal Costa, nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador, na Bahia, e marcou época na história da música popular brasileira, encantando diversas gerações. A baiana manteve uma parceria longeva com outros artistas baianos, como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, os "Doces Bárbaros".
A baiana estava rodando o país com a turnê "As várias pontas de uma estrela", um show que resgatava grandes sucessos da MPB da década de 80. Além disso, a artista foi confirmada em diversos festivais neste ano, como o "Primavera Sound", mostrando a habilidade de se reinventar musicalmente e permear gerações.
Conhecida como "Musa da Tropicália", movimento cultural que começou na década de 60, Gal Costa lançou o primeiro disco em conjunto com Caetano Veloso, em 1967, intitulado "Domingo". O disco contou com músicas interpretadas por eles separadamente, além das parcerias “Coração Vagabundo”, “Domingo” e “Zabelê”. Na Tropicália, Gal Costa gravou o disco “Tropicália ou Panis et Circencis”, com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé.
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