Danton Mello comenta filme 'Predestinado'
Reprodução/YouTube - 01.09.2022
Danton Mello comenta filme 'Predestinado'


Os sentimentos e sensações provocados por “Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz” extrapolaram os limites do set de gravação. Danton Mello, que dá vida ao médium protagonista do filme, estreia de hoje nos cinemas, comprovou isso ao fazer a primeira leitura do roteiro.

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— Tive uma crise de choro antes da página dez! Me questionei o porquê de ele ter chegado pra mim. Eu que não acreditava, não tinha acesso à espiritualidade — conta o ator, que ainda se emociona ao falar sobre o trabalho: — Deixei de ser ateu. Impossível fazer um personagem como esse e sair do mesmo jeito.


Gustavo Fernandez, o diretor, também vivenciou experiências bastante sensíveis antes mesmo de os trabalhos começarem. Quando voltava de uma visita às locações para o longa, em Minas Gerais, ele sofreu um acidente na estrada, experiência que o marcou até hoje.

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— Na hora de voltar de Minas, eu me lembrei que Arigó morreu num acidente de carro e pensei: “Que hora pra pensar nisso!” — recorda, detalhando: — Estava chovendo e peguei óleo na pista. Capotei e fui descendo uma montanha, com a porta do meu lado arrastando no chão. Por sorte, estava com um carro blindado e não aconteceu nada comigo. Mas quando cheguei em casa, disse para minha mulher que não faria esse filme.

Gustavo, que não tinha relação com a espiritualidade, revela que peregrinou entre conhecidos e centros espíritas procurando entender se o episódio teria sido um sinal para desistir do projeto. Mas ouviu exatamente o contrário:

— “Agora mesmo que você tem que fazer”.

No filme, que conta a história do primeiro médium a incorporar o espírito do médico alemão Dr. Fritz, Danton é um homem que ao mesmo tempo foi alvo de críticas e se tornou esperança de cura para aqueles que acreditavam em cirurgias espirituais entre as décadas de 50 e 70.

O diretor frisa que a ideia não é retratar Arigó como um mito acima de questionamentos. E o resultado disso é uma história que contempla um público que vai além dos que creem na doutrina:

— Mas acho que teve uma mãozinha aí para o longa ser produzido por uma pessoa que não é seguidor do espiritismo. Foi uma experiência forte e não foi à toa. Só de lembrar, meus olhos já enchem de lágrimas.

Em uma conversa com Gustavo, Danton também recordou um momento dramático do passado, quando sofreu um acidente aéreo, em 1998. Na ocasião, ele lembrou ter vivido experiências que considera espirituais, como alguém ter falado com ele no hospital, mas depois ninguém ser visto por perto:

— Vivi isso logo depois de operar por conta do acidente. Comentei com meu médico e ele disse que era impossível, que eu estava muito debilitado. Anos depois, um amigo espírita me falou que um espírito de luz estava do meu lado. Fiquei com isso na cabeça por muito tempo.

Como Arigó fazia os atendimentos sem receber dinheiro, muitas vezes era a mulher Arlete (Juliana Paes) quem cuidava do sustento da família. Ao contrário de Danton e Gustavo, para a atriz o universo espírita não foi uma novidade:

— Sou criada numa família espírita, essa temática é natural para mim.

Gustavo lembra, inclusive, que a relação pessoal de Juliana com a espiritualidade foi um dos motivos para ela aceitar o papel. O convite foi feito quando a atriz terminou “A força do querer”, em 2017.

‘Libertador’, diz atriz

Aos 43 anos, a atriz pontua quão interessante foi interpretar essa mulher:

— Ela é simples e com mais idade do que eu , com um corpo e uma vivência que não tenho. Mas foi muito libertador. Pude me despir da vaidade, gravar cenas de cabelo branco, óculos e marcas de expressão acentuadas.

Danton, como seu personagem, é mineiro e se sentiu em casa nas gravações (em 2018). Levou a família para Minas e isso ajudou, inclusive, numa decisão importante para a filha mais velha, Luisa. A jovem, de 21 anos, ficou dez dias com o pai no set:

— Foi emocionante tê-la do meu lado. Hoje ela faz cinema e acho que esses dias que passou lá acompanhando foram um empurrãozinho pra tomar essa decisão.

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