Composto por cinco homens e duas mulheres, o júri do processo de difamação movido pelo ator Johnny Depp contra a ex-mulher e atriz Amber Heard no Tribunal do Condado de Fairfax, na Virgínia, EUA, não chegou a um acordo sobre um veredicto depois de mais de nove horas de deliberação nesta terça-feira, de forma que deve retomar tal compromisso nesta quarta.
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O grupo começou a deliberar na última sexta-feira, ao término de seis semanas de depoimentos, mas pausou no fim de semana e na segunda-feira, que foi feriado nos Estados Unidos.
Johnny Depp, de 58 anos, viajou ao Reino Unido para participar, no domingo e na segunda-feira, de duas apresentações do guitarrista britânico Jeff Beck.
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Questionada pela AFP, uma porta-voz de Amber Heard não quis confirmar, "neste momento", se a atriz estaria presente quando o veredicto for anunciado.
O astro de "Piratas do Caribe" acusa Heard de difamação por uma coluna publicada no Washington Post em 2018, na qual ela se definia como "uma personalidade pública que representa a violência doméstica". A atriz não mencionou Johnny Depp, mas seu ex-marido pede US$ 50 milhões de indenização, alegando que o ocorrido destruiu sua carreira e reputação.
Amber Heard, por sua vez, contra-atacou pedindo o dobro, ou seja, US$ 100 milhões. A atriz de 36 anos garante que estava exercendo o seu direito à liberdade de expressão ao escrever a coluna.
O júri deverá responder a várias perguntas, se pronunciar sobre ambas as denúncias e determinar o montante dos eventuais danos e prejuízos.
Desde 11 de abril, os jurados ouviram dezenas de horas de depoimentos e gravações de áudio e vídeo, que revelaram detalhes escabrosos da vida do casal entre 2011 e 2016.
O ator perdeu um primeiro processo por difamação em Londres, em 2020, contra o jornal britânico The Sun, que o chamou de "marido violento".
Depp e Heard afirmam ter perdido, cada um, entre US$ 40 e 50 milhões desde a publicação da coluna.