A carioca de 17 anos, Júlia Svacinna, vem conciliando o melhor dos dois mundos: a vida de adolescente e a rotina agitada entre sets de filmagens. Em conversa exclusiva com o iG Gente, a jovem relembrou o momento divertido em que soube que ia dividir cenas com o ator Selton Mello. Além disso, a atriz de "Fazendo Meu Filme" deu spoiler sobre a trama baseada na história da escritora Paula Pimenta.
Com apenas 12 anos, Júlia foi convocada para dar vida a ‘Beta’, filha fictícia do ator Selton Mello na série "O Mecanismo", em que trata o momento de uma batalha política do cenário brasileiro.
Ao saber que iria contracenar com o ator, Júlia conta que teve uma reação surpreendente: “Eu não sabia quem era o Selton, eu tinha 12 anos na época, não tinha muito contato. Minha mãe, quando eu peguei o papel, falou assim, ‘olha só, Júlia, eu preciso te introduzir quem é essa pessoa. Porque não tem como você trabalhar com Selton Mello sem saber quem é Selton Mello. Essa possibilidade não existe”, revela.
A atriz explica que, antes das gravações começarem, fez uma pesquisa sobre o ator e assume ter carinho especial por ele. “Além do estudo para a personagem, eu fiz um estudo nos trabalhos do Selton. Eu assisti aos filmes dele, fiz uma pesquisa de quem ele era”. Ele é absolutamente incrível, faz anotações no roteiro. Eu lembro dele ficar sentado na sala da casa que a gente gravava, fazer uma anotação para dar opinião para o diretor de coisas que ele tinha pensado para a direção de cena. Era muito interessante e o Selton como pessoa é muito legal e querido”, relembra.
Na série, ‘Beta’ é uma garota no espectro autista e Júlia realizou uma imersão pelo mundo de pessoas atípicas. A atriz conta como foi viver a personagem. “Foi muito estudo, foram 2 semanas de preparação, a gente teve também a oportunidade de ir numa escola para pessoas do espectro autista para ver, sabe, entender como eles funcionavam. Eu assisti documentários e filmes, fiz uma pesquisa bem funda e assim era uma responsabilidade”, aponta.
Em breve, as pessoas poderão ver Julia em um dos principais lançamentos nacionais. A atriz faz parte do elenco principal de "Fazendo Meu Filme", do livro de Paula Pimenta, que já conta com mais de 250 mil cópias vendidas.
Na trama adolescente, Júlia dará vida para Natália, uma das melhores amigas de Fani, a personagem principal. “Eu estou muito animada para esse filme, muito, muito, muito animada. Eu já li o primeiro livro antes e foi muito legal, são livros que eu gosto muito”.
Júlia ainda conta que a convocação para protagonizar Natália foi um presente e que a própria Paula Pimenta percebeu a semelhança com a personagem. “Eu me identificava com ela fisicamente. Quando eu li o livro, eu falei, ‘se eu não fizer a Natália, estão me dando, provavelmente, o personagem errado’. Adoraria, claro, fazer a Fani, mas a Natália era muito para mim, então, ela foi um presente. A Paula é uma querida e falou que quando bateu o olho em mim, viu que eu era Natália”, relembra.
E para o alívio dos curiosos, Júlia dá alguns spoilers sobre o filme: “Acredito que sai este ano. O filme está bem fiel ao livro. É claro que tem coisa que não dá para aprofundar porque a gente tem só 1 hora e meia para montar uma história de um livro inteiro. A gente vai ter o segundo filme, já está praticamente confirmado. Eu estou muito empolgada”, confessa.
Com a vida agitada entre os sets de gravação, Júlia relata ter que se desdobrar para lidar com as situações típicas de uma adolescente. Cursando o terceiro ano do colegial, a atriz explica as obrigações escolares e conta o caminho que pretende seguir na faculdade, após prestar o vestibular.
“Eu pretendo fazer artes cênicas. Eu vou fazer o Enem agora em novembro e vai dar tudo certo, eu sempre fui boa aluna. Era nerd mesmo (...) Eu não vou sentir saudade disso não. Mentira, vou sentir saudade dos meus amigos, mas da escola eu não garanto”, se diverte.
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Questionada sobre como lida com as duas rotinas, a atriz não esconde: “É tenso. A escola por si já puxa muito, principalmente nesses últimos anos de ensino médio, mas eu penso que é saber administrar o tempo”.
Influencer e cantora
Com mais de 250 mil seguidores no Instagram, a atriz abre espaço para também se tornar uma influenciadora digital. Atenta às problemáticas envolvendo o mundo dos influencers e a responsabilidade de ser referência para outra meninas, Júlia explica como lida com a fama.
“Tento levar de maneira leve porque quando as coisas pesam começa a ficar uma parada não tão verdadeira e tão natural. Então eu tento ser muito honesta, mostro meu dia, meus amigos na escola e a parte do meu trabalho. A gente quer ver autenticidade”, aponta.
Inserida neste mundo da web, a atriz revela que as maiores influências são Taylor Swift, Billie Eilish e Virginia Fonseca. “Eu tento ser de verdade e fico feliz de poder de alguma forma ajudar outras pessoas”.
Além de atriz de grandes produções e influenciadora na internet, Júlia compartilha a paixão pela música. A jovem canta e compõe as próprias canções. “A música é uma das minhas grandes paixões, sou louca para fazer show e estou muito animada com as perspectivas. Tenho um lançamento de EP vindo por aí, mais para frente esse ano e estou com uma próxima música já engatilhada”, celebra.
Dona de mais de 50 composições escritas, Júlia recentemente lançou o clipe da música “Everyday”, uma composição autoral que retrata a vida durante a pandemia. A produção já conta com mais de 60 mil visualizações.
A jovem ainda revela a inspiração das composições. “É um pouco de tudo. Tem composição de crush, de amizade, tem dos meus sentimentos mesmo. ’Everyday’ foi a primeira música que eu consegui escrever depois do início da pandemia. Escrevi sobre a vida, principalmente, o sentimento que todo mundo teve, de viver todo dia o mesmo dia. Eu abro o mesmo livro, eu vivo aquela mesma coisa. Eu já sei o que vai acontecer, porque a vida ficou parecendo menos imprevisível. Então, naquele momento acabou sendo que eu estava sentindo e foi o que eu escrevi”.
“Transformar sentimentos em palavras, em poesia, eu adoro. É o que eu falei, eu tenho muita ligação com as palavras. Eu gosto muito de traduzir o que eu sinto para elas”, finaliza.