Paulinha Abelha, cantora da banda Calcinha Preta, morta na útima quarta-feira (23) em consequência de um comprometimento multissistêmico, foi velada e enterrada nesta sexta-feira (25) em Simão Dias, cidade no Sergipe onde foi criada.
A mãe de Paulinha, Dona Josefa Abelha, que foi medicada durante a manhã, chegou ao velório num ginásio da cidade por volta de meio-dia, mas não conseguiu ficar. Emocionada, ela passou mal e precisou ser retirada do local. Dona Josefa não acompanhou o enterro da filha no cemitério do mesmo município.
O sepultamento de Paulinha foi restrito a familiares e amigos próximos. O fãs se despediram da cantora em um velório realizado na última quinta-feira (24), no Ginásio Constância Vieira, em Aracaju, no Sergipe.
Pai da cantora, Gilson Santos Nascimento — que é conhecido pelo apelido Abelha, herança afetiva adquirida pela artista, que sempre foi muito próxima a ele — está internado para tratar um Alzheimer em estado avançado.
— Ele segue acamado e não sabe da morte da filha. Não tem por que dizer isso, pois será apenas mais um sofrimento, e ele não entenderá o fato — conta uma pessoa próxima da família ao GLOBO.
No início de janeiro, Paulinha publicou um vídeo mostrando o drama enfrentado pelo pai. A cantora, que era muito apegada à figura paterna e se responsabilizava pelos cuidados médicos dele, chamou a atenção de órgãos públicos ao expor as dificuldades para conseguir um tratamento adequado, tanto na rede privada, por meio do plano de saúde, quanto pela rede pública.
"Já recorri a tudo, para ter uma ajuda, um home care aqui em casa e eu queria muito que vocês me ajudassem propagando esse vídeo porque eu preciso de ajuda para poder ter paz mental, ter um psicológico para cantar", desabafou a cantora, num longo vídeo.
"Eu já fui atrás de tudo que vocês podem imaginar para poder dar o mínimo de conforto para ele nos últimos dias de vida e eu não tenho ajuda. Tudo vem de mim, do meu trabalho, do que eu faço. Tudo que vocês possam imaginar", acrescentou a artista, no mesmo post.