O músico Beni Borja sofreu um próvavel enfarte, aos 60 anos, e veio à óbito na noite desta quinta-feira (23). Antes de ser o baterista original do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Carlos Beni Carvalho de Oliveira Borja já tocava em uma banda com o baixista e compositor Leoni, chamada Chrisma. Leoni conheceu Paula Toller na PUC, George Israel foi visto tocando saxofone em Búzios, e Bruno Fortunato assumiu a guitarra no lugar de Pedro Farah, guitarrista do Chrisma que foi morar no exterior. Beni, como ficou conhecido, dava seus primeiros passos no rock nacional.
Ele ainda gravou a bateria em “Por que não eu?” e “Pintura íntima”, do disco de estreia do Kid Abelha, “Seu espião”, mas deixou a banda, que seguiria com bateristas contratados, para percorrer outros caminhos, sempre ligados à música. Seus créditos como compositor também apareceriam pela primeira vez em “Seu espião”, com a coautoria de “Hoje eu não vou”, “Fixação” (um dos grandes sucessos da carreira do Kid) e “Homem com uma missão”.
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Pouco após deixar o Kid Abelha, Beni produziu a primeira demo do Biquini Cavadão, com as músicas “Tédio” e “No mundo da lua” (e Herbert Vianna “emprestado” na guitarra), e conseguiu boa execução das faixas na rádio Fluminense FM. A partir daí, ele se tornou empresário e produtor fixo do Biquini, com o qual compôs sucessos como “Vento ventania”, do disco “Descivilização”, de 1991.
Beni Borja seguiu atuando nos bastidores da música carioca e brasileira até a noite desta quinta-feira, quando um provável enfarte o vitimou em Teresópolis.