A Polícia Civil do Rio sugeriu ao Ministério Público o arquivamento da investigação que apurava a morte de Tom Veiga, intérprete do Louro José, na manhã do dia 1º de novembro de 2020, na casa que morava, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
A conclusão das investigações apontam a ausência de "elementos informativos" para indicar que o artista foi vítima de alguma causa violenta. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte de Tom foi um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico .
O acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico é aquele que ocorre quando um vaso – artéria ou veia – rompe no cérebro, extravasando sangue, sendo o mais frequente causado devido a um pico elevado de pressão arterial.
O relatório final do inquérito, assinado pelo delegado-adjunto da 16ª DP (Barra da Tijuca) Paulo Roberto Mendes Junior e que O Globo teve acesso, aponta que foram "esgotadas todas as diligências possíveis, sem existirem outros indivíduos a serem intimados para depor, ou qualquer outro trabalho de Polícia Judiciária que pudesse, pelo menos em tese, trazer algum subsídio de relevância à apuração da presente investigação”.
O procedimento foi aberto após policiais militares do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) serem acionados por amigos de Tom Veiga, que encontraram o corpo do intérprete na cama, sem sinais aparentes de violência.
Na delegacia, Jorge Luiz Maia da Silva relatou que, pela dificuldade em construir contato com o artista, pulou o muro da casa dele. O ator André Marques, que também esteve no local, confirmou as informações.
Durante as investigações, familiares de Tom relataram conflitos, mas, nas palavras do delegado, nada de “relevante interesse criminalístico” que “demandasse” diligências. Nos depoimentos, todos citaram a ingestão excessiva de bebida alcoólica e cigarro pela vítima.