Lobão fala sobre política e se tornou opositor de Jair Bolsonaro
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Lobão fala sobre política e se tornou opositor de Jair Bolsonaro





O cantor Lobão deu entrevista a BBC Brasil em que afirma ser a favor das manifestações contra Bolsonaro, apesar de ter votado no atual presidente em 2018. O cantor afirma que o impeachment de Jair Bolsonaro deve ser "prioridade zero" no momento e chamou o atual governo federal de "virtuose de merda".

Apesar de ser a favor das manifestações deste sábado (3), Lobão diz que não estará presente por medo de contrair a Covid. "Não vou porque tomei só uma dose da vacina. A mãe da minha mulher está morando com a gente. Não posso bobear. Quando eu tomar a segunda dose, ainda vou sair de casa com todo o cuidado. Mas agora não vou sair, não", afirmou.


Lobão continua ao afirmar que o presidente Bolsonaro "não fez nada de bom" desde que foi eleito. "O simples fato de esse cara andar na rua sem máscara, tirando máscara de criança, já é motivo [para impeachment]. Ele é o presidente da República de um país com 500 mil mortos na pandemia, e ele dá esse exemplo todos os dias na televisão. Isso já é criminoso por si só, é genocida por si só", diz.

Apesar da cobrança pelo impeachment ser alta hoje, o músico afirma que era a favor do afastamento desde abril de 2019. "Desde a primeira semana eles estão pisando na bola, falando em golpe de Estado, fazendo coisas absurdas todo dia, toda hora. É um abuso de poder."

Em relação ao seu voto em Bolsonaro em 2018, Lobão afirma que, na época, Bolsonaro parecia ser a única alternativa e que a prioridade era "retirada do PT da presidência". "A gente sabia que o Bolsonaro era o que ele é. Mas achava que uma facção liberal e o Exército, que tinha um prestígio de 30 anos depois da ditadura e pessoas esclarecidas, poderiam segurar o cara. Mas não deu."

Lobão comentou ainda sobre as possibilidades para as eleições de 2022, e disse que, entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, vai se abster. "Infelizmente, no Brasil o voto é negativo. A gente vota em um para que o outro, pior, não ganhe. Precisamos de um presidente em que a gente possa sair na rua e não haja um clima de semi-guerra civil entre as pessoas."

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