A uma semana de estrear como técnica do "The voice +" (para maiores de 60 anos), a cantora Ludmilla já traçou sua estratégia para o programa. Não focará em nada além da voz dos candidatos. "Nada mais será relevante", afirma a estrela, de 25 anos.
"É doloroso falar isso, mas fiz a primeira plástica no nariz, aos 18, para ser aceita. Conseguiam me ferir porque nem eu mesma me achava bonita", lembra.
Numa conversa sincera, Ludmilla fala sobre religião, preconceito e legalização das drogas e declara seu amor pela bailarina Brunna Gonçalves, com quem se casou no ano passado. Confira os melhores trechos.
Saída das redes antes do Natal
"Foi a gota d’água, sabe? (A cantora foi alvo de comentários racistas nas redes sociais e ficou ausente entre os dias 18 e 24 de dezembro). Costumo não me importar, mas imagina você apanhar todos os dias? Uma hora cansa. Dói! É difícil, sim, por isso, precisei desse tempo off-line. Organizei as ideias, me fortaleci e, principalmente, entendi que esse ódio gratuito não é meu e não vai me vencer. Sou ser humano e, às vezes, me sinto esgotada, mas me refaço. É o compromisso que tenho comigo e com o meu público. Comentários racistas me dão nojo. Parece que o mundo está evoluindo, mas ainda tem muita gente atrasada."
Amor por Brunna
"Paguei para ver ao assumir meu amor pela Brunna. Perdi algumas coisas porque você sabe o quanto a galera é preconceituosa, mas acabei ganhando outras. E ser a gente mesmo não tem preço.”
Religião
"Não sou evangélica ou católica. Acredito em Jesus Cristo. Não estou generalizando, mas muitas igrejas acabam expulsando as pessoas por causa de roupas ou por quem elas escolheram amar. Minha célula (grupo de pessoas que se reúne para realizar atividades como o estudo da Bíblia, entoação de hinos ou cânticos e oração) é para essa gente que não se sente acolhida no templo, mas quer estar próxima de Deus. Todo mundo é bem-vindo, mas não permito celular ou que perturbem meus amigos famosos. São minhas regras."
Legalização da maconha
"Passou da hora de esse assunto estar em pauta no Brasil. Isso precisa, sim, ser conversado e abordado com muito cuidado e atenção".