“Boladona” foi o funk que a fez estourar. E ela chegou com o pé na porta. Explosiva, sem meias palavras e pronta para a briga. Mas prestes a completar 40 anos (em 20 de setembro), Tati Quebra o Barraco não quer guerra com ninguém. “Estou me sentindo plena e fiquei mais tolerante. Não deixo de falar o que eu penso, não me preocupo com a opinião dos outros, mas hoje conto até dez antes de partir para o confronto”, avisa.
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Polêmica ela sempre foi. Empoderada também. “Hoje se fala muito em empoderamento feminino, como se fosse coisa de agora no funk. Me desculpa, mas fui uma das que iniciaram este movimento. Ninguém está inventando nada agora. Mas deixo quieto”, alfineta Tati Quebra Barraco , que está na estrada há 22 anos.
Casada há 18 anos, mãe de três filhos (Yuri, o do meio, morreu assassinado aos 19 anos em 2016) e avó de três netos, Tati exerce o matriarcado em sua casa. “Sempre tive o pé no chão. Quando ganhei meu primeiro dinheiro comprei um apartamento na Cidade de Deus, minha comunidade, onde nasci e fui criada. Depois comprei um em São Paulo e investi em imóveis. Meus filhos têm casa própria desde os 6 anos de idade. Sempre pensei no futuro”, pondera ela, que além dos shows, é hoje sócia de uma empresa de bronzeamento.
Tati nunca foi de ostentação. A maior delas são as 26 cirurgias plásticas a que se submeteu. “A última foi há seis anos, quando coloquei prótese de silicone nos seios. Minha médica diz que não posso fazer mais. Quem sabe daqui uns cinco anos ela deixe e eu arrume algo para fazer”, brinca.
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Ao que tudo indica, não vai precisar. Pela primeira vez a funkeira decidiu posar de lingerie e amou o resultado. “Precisava fazer umas fotos de divulgação e propus posar assim. Fiquei muito feliz e surpresa com o resultado”, admite Tati Quebra Barraco , que vez ou outra, porém, explode com seguidores que insistem em gongar sua autoestima: “Aí eu bloqueio ou respondo. Não sou desse tempo de Instagram, não. Sou do tempo que se falava cara a cara, ia em rádio trabalhar uma música. Hoje está tudo mudado. Quando vejo falta de respeito, aí eu explodo mesmo”. Como se vê o barraco continua quebrando.