Taylor Swift não poderia estar mais feliz em sua vida profissional. Isso porque, a cantora se prepara para lançar seu sétimo álbum, “Lover”, no próximo dia 15, entretanto se engana quem acha que tudo são flores para a cantora.
Leia também: De princesinha country a ícone pop: a evolução de Taylor Swift
Capa da edição mais importante da Vogue americana, Taylor Swift abriu o jogo sobre a opressão sexista da indústria da música, sobre a extinta rivalidade com Katy Perry e o desentendimento público que teve com Kim Kardashian e Kanye West.
“Uma humilhação pública em massa, com milhões de pessoas dizendo que você está ‘cancelada’, é uma experiência que isola muito. Não acho que há muitas pessoas no mundo que realmente conseguem entender o que é ter milhões de pessoas te odiando em volume máximo”, disse referindo-se ao desentendimento que teve com Kanye West após ele usar uma boneca super realista da cantora nua em um clipe.
“Quando você diz que alguém foi ‘cancelado’, não é um programa de televisão. É um ser humano. Você está mandando um monte de mensagens para esta pessoa simplesmente calar a boca, desaparecer ou até passar a mensagem de que ela deva se matar. Foi quando vi que precisava reestruturar minha vida porque tudo saiu completamente de controle”, declarou a estrela ainda sobre a briga com Kanye e Kim.
Leia também: Taylor Swift, Jennifer Hudson e outros famosos brilham em trailer de "Cats"
Ainda na entrevista, Taylor comentou sobre um outro fato em sua vida: a rivalidade com Katy Perry , que ficou no passado, já que Taylor convidou a cantora para participar do clipe da música You Need To Calm Down . “Ela me escreveu de volta e disse: ‘Isso me deixa tão emocionada! Estou dentro. Quero que sejamos este exemplo. Mas vamos passar um tempo juntas, porque quero que seja de verdade’. Então ela veio aqui em casa e conversamos por horas”, confessou.
“Decidimos uma metáfora para o que acontece na mídia. Eles pegam duas pessoas e é como se tivessem derramando gasolina por todo o chão. Tudo o que precisa acontecer é um movimento em falso, uma palavra errada, um desentendimento e um palito de fósforo é aceso e jogado no chão”, contou.
“Foi o que aconteceu com a gente. Era: 'quem é a melhor? Katy ou Taylor? Taylor ou Katy?'. A tensão era tamanha que acaba ficando impossível não achar que a outra pessoa tem algo contra você”, afirmou.
Sexismo na indústria da música
Já sobre o sexismo na indústria da música, a loira comparou o que passou no começo da carreira com os dias de hoje. “Quando eu era adolescente, ouvia as pessoas falando sobre sexismo na indústria musical e pensava: ‘não vejo, não entendo’. E aí entendi que era por que eu era criança. Homens da indústria me viam como uma criança”, declarou.
Leia também: Taylor Swift desiste de fazer turnê no Brasil em 2020
“Eu era essa garotinha lânguida, magricela e animada demais que os lembravam mais de sua sobrinha ou filha do que uma mulher bem-sucedida nos negócios ou uma colega. No segundo que virei mulher, na percepção das pessoas, foi quando comecei a ver”, apontou.
“Está tudo bem em infantilizar o sucesso de uma garota e dizer: ‘que fofo, ela tem alguns hits, que gracinha que ela está compondo suas próprias músicas’. Mas no segundo que isso se torna formidável? Assim que comecei a lotar estádios e me parecer como uma mulher, aí já não era mais tão legal”, contou.
defesa da comunidade LGBTQ+
Há algumas semanas, durante o lançamento do clipe de You Need To Calm Down , mais um hit de sua carreira, muitos internautas criticaram a demora de Taylor para se posicionar em defesa da comunidade LGBTQ+. No bate-papo, ela também abordou o assunto e falou da cobrança dos fãs.
“Talvez, dois anos atrás, Todrick Hall (ator, diretor e amigo da estrela) e eu estávamos no carro e ele me perguntou: ‘o que você faria se seu filho fosse gay?’. O fato dele ter tido que me perguntar me chocou e me fez ver que eu não deixei minha posição claramente o suficiente ou alta o suficiente. Se meu filho fosse gay, ele seria gay. Não entendo a pergunta”.
“Se ele estava pensando nisso, não posso imaginar o que meus fãs da comunidade LGBTQ+ estavam pensando. Foi devastador, de certa forma, ver que eu não estava sendo clara o suficiente sobre isso”, relatou.
“Todos os direitos de todos que não são homens brancos cisgêneros estão sendo revogados. Eu não entendia até pouco tempo que poderia defender uma comunidade da qual não sou parte”, encerrou Taylor Swift.