A polêmica de " Vai Malandra " está chegando longe. O jornal britânico The Guardian  publicou nessa sexta (22) um texto que levanta os debates sociais que o novo clipe de Anitta tem causado acerca das temáticas representadas no vídeo. "O hit desencadeou um enorme debate no Brasil, expondo as falhas sociais do País com questões como desigualdade, racismo, sexismo e apropriação cultural ", 

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Clipe de ''Vai Malandra'' é tema de texto do jornal The Guardian sobre Anitta e apropriação cultural das favelas
Reprodução/Youtube
Clipe de ''Vai Malandra'' é tema de texto do jornal The Guardian sobre Anitta e apropriação cultural das favelas


Debate polêmico

A reportagem do The Guardian  destacou que "Vai Malandra" tem sido alvo de críticas por diversos lados, inclusive por grupos de ativistas negros que enxergam as tranças e o bronzeado acentuado de Anitta para o clipe como uma forma de apropriação cultural. Resgatando textos de brasileiros sobre o assunto, o jornal inglês pontua que apesar das discussões "outros lhe têm feito elogios por ter filmado na favela do Vidigal e celebrado a sexualidade das mulheres negras e periféricas". 

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Outra questão que o veículo ressalta foi a escolha do fotógrafo Terry Richardson para dirigir o videoclipe, porque em um trabalho de empoderamento é irônico ter um homem com uma longa lista de acusações de assédio sexual . O jornal ressalta que Terry foi banido de grandes publicações como a Vogue e a Vanity Fair e que as denúncias contra ele já são antigas, mas que a reação da indústria da moda só aconteceu quando o escândalo com Harvey Wainstein veio a público. 

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Anitta rebate críticas 

Em entrevista exclusiva publicada nessa sexta (22) pelo jornal O Globo , Anitta respondeu as polêmicas que "Vai Malandra" criou sobre empoderamento e objetificação da imagem das mulheres. "A 'malandra' do clipe não é objetificada, ela é a dona da história. E ela não é representada somente por mim, mas por todas as mulheres [...] O clipe mostra diversos tipos de beleza, com diversas cores, pesos e gêneros. E toda essa beleza também é real, assim como a minha celulite", explica. 

Em outro trecho da entrevista a cantora justificou a escolha de não retocar as suas celulites e disse que a decisão partiu dela mesma como parte de uma proposta de ser realista. "A mulher real tem celulite, a maioria tem. A estética de “Vai Malandra” é muito verdadeira, mostra uma favela real e com pessoas da comunidade. [...] O clipe expôs a realidade do funk e das favelas cariocas. [...] Se você subir o morro, vai ver tudo isso que mostramos. Nada foi inventado", explica Anitta. 

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