O ano já está acabando e para a última edição da Glamour de 2017, revista trouxe a atriz, cantora e apresentadora Sophia Abrahão para estampou a capa da publicação que também traz uma entrevista com temas bastante atuais. Com 26 anos de idade, a artista prova para o mundo que é possível ser e ter tudo sem abrir mão da liberdade, qualidade de vida e felicidade e ainda ressalta a importância de se levantar bandeiras.
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Ressaltando que aprendeu a falar o que quer – inclusive a dizer não – a artista possui posturas bastante conhecidas que expressa não só online, mas também na sua vida real. Durante a entrevista, Sophia Abrahão falou sobre feminismo, aborto, maternidade e racismo. “Ainda bem que começamos a ter esse diálogo aberto. Antes, feminismo era um tabu. Eu me posicionava e ouvia: ‘Nossa, a Sophia é feminista!’. Como se fosse um palavrão, uma coisa errada, um radicalismo. Não, gente!”, conta a artista. “A luta é pela liberdade de fazer o que você quiser – inclusive sair com o peito de fora! Não entendo quando falam: ‘Não sou feminista porque sou vaidosa, porque pinto a unha’. Uma coisa não exclui a outra. Feminismo é liberdade”, completa, revelando que já passou por diversas situações de machismo no seu dia a dia.
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Apesar de levantar a bandeira pelo feminismo, a artista revela que nem sempre foi assim. Ainda que sua mãe, a empresária Branca Abrahão tenha sempre trabalhado fora de maneira independente e tenha passado para a filha a ideia de que as mulheres não precisam depender de marido, a artista confessa já ter feitos julgamentos problemáticos. "É óbvio que a gente sempre tem uma questão dentro da gente que vem da sociedade mesmo. Tipo julgar as outras mulheres e não ter sororidade", conta. "Aquilo de dizer: ‘Ah, é claro, com essa saia curta, ela estava pedindo’. Admito que tinha esse pensamento e hoje vejo o quão absurdo ele é. Que surreal é a gente deixar de fazer alguma coisa por medo do julgamento, do olhar do outro. Mudei muito, ainda bem!”, revela.
Quebrando os tabus, a artista também comentou sobre outro tema polêmico no país: o racismo. “Acho engraçado porque é outra palavra que é um tabu: ‘negro’. As pessoas preferem moreno, mulato... Eu falo que namoro um negro e respondem: ‘Ah, mas ele não é negro, é moreno’, ou ‘Ele não é tão escuro’. Que loucura isso! Não é essa a questão”, conta. " Acho que o Sérgio nunca sentiu o preconceito na pele porque é famoso desde os 5 anos e a fama deve tê-lo blindado de muita coisa. Com a gente nunca teve um episódio específico de racismo.Mas escuto muito isso, que ele não é negro, o que já é uma forma de preconceito. Sempre acho triste quando falam: ‘Não tenho preconceito, inclusive tenho um monte de amigo negro. Ou gay...’. Oi?”, critica.
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Aborto
Com a entrevista para a revista tendo sido realizada na semana em que a Comissão Especial da Câmara dos Deputados havia aprovado a Proposta de Emenda à Constituição PEC 181, que põe em risco as formas de aborto atualmente permitidas no Código Penal, como em caso de estupro, Sophia Abrahão não hesitou em falar sobre o assunto. “Falar de aborto é complicado, mas importante neste momento. Cada mulher deve ser livre para decidir o que fazer, seja qual for a circunstância. Pessoalmente, tenho muita vontade de ser mãe, mas ainda tenho tanta coisa para plantar antes disso”, conta.
A Revista Glamour com Sophia Abrahão chega nas bancas a partir desta sexta-feira (01).