Essa edição do “BBB”, seja por consequência do cenário nacional ou pelas escolhas erradas de participantes, tem sido bem dividida. Os grupos “Villa Mix” e “Baile da Gaiola” são bem distintos e tem propostas opostas para se sobressair no reality. De um lado vemos um grupo com consciência social mais aflorada, que quer usar seu tempo para debates polêmicos e fortalecer suas causas, e outros que querem justamente evitar esse tipo de assunto.
Foto: Reprodução/TV Globo
Cadê o barraco? Redes sociais eliminam potenciais criadores de confusão
Um desses grupos do “ BBB
” tem a preferência do público do programa na internet e, por mais interessantes que eles sejam, talvez contribuam para uma edição mais chata. É importante sim ter pessoas que tragam para a superfície debates que sempre foram ignorados no programa e acabaram por perpetuar preconceitos, mas também é importante ter pessoas empenhadas em “causar”.
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Ana Paula Renault, uma das “musas” dos últimos anos, também estava aberta a debates. Foi ela que, enquanto confinada, apontou para Laércio e o acusou de machismo e pedofilia, acusação essa que foi provada na Justiça e hoje o ex-participante está preso. Mas Ana Paula sabia também que um programa de TV precisa de espetáculo, barraco
, confusão, como queira chamar. E entregava justamente isso.
Com a internet, é possível acompanhar o programa 24 horas por dia nas redes sociais, e os fãs que estão sempre conectados captam rapidamente quem eles percebem que não combina com esses debates, e os eliminam logo. Bom. É necessário que discursos machistas, racistas e homofóbicos sejam vistos como tais e tenham consequências para as pessoas que os perpetuam.
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Barraqueira com consciência: Ana Paula Renault ia da sensatez ao bate-boca e fazia espetáculo no BBB
Mas é preciso também separar o joio do trigo. As polêmicas frases de Paula, por exemplo, têm tomado conta da internet, muitas delas por conta de seu cunho racista. Gustavo, por mais problemas que tivesse, era um jogador, e seria interessante vê-lo desenvolver sua autoconfiança e tentar causar intriga.
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Quem está na internet não necessariamente acompanha o programa na TV, portanto não está preocupado com o “espetáculo”, mas esse é um dos fatores que tornam um reality-show como esse interessante. E o público nas redes sociais
precisa entender isso e dar mais chance aos barraqueiros.
Mais preocupados em não serem contrariados, os fãs do reality que vivem nas redes sociais estão mais dispostos a desdobrar os temas que surgem na casa do que realmente acompanhar o dia a dia de tantos estranhos obrigados a dividir o mesmo espaço por meses.
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Se eles perderem o interesse, partem para o próximo tema e deixam o reality de lado. Quem acompanha na TV nem sempre tem esse privilégio, mas merece ser entretido. Por enquanto, embora sobrem polêmicas, elas ficam da porta para fora da casa, e a edição de 2019 do “ BBB
” caminha para ser uma das mais chatas até hoje.