MPF interpõe recurso contra a decisão da Justiça que entendeu que Marcos Harter não deve responder por violência doméstica
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ( MPRJ ) entrou, nesta quinta-feira (08), com um pedido de recurso contra a desqualificação dos delitos cometidos pelo cirurgião plástico Marcos Harter contra sua companheira, Emilly Araújo , durante sua passagem no " BBB 17 " como violência doméstica. Na denúncia oferecida pelo MP, ele estava sendo enquadrado por agressão corporal, nos moldes da Lei Maria da Penha .
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O recurso demanda que a Justiça dê prosseguimento normal ao processo penal, além de ressaltar que ficou evidente que Emilly Araújo e Marcos Harter mantinham um relacionamento amoroso no confinamento, pelo período aproximado de dois meses. A relação afetiva é uma das exigências básicas para a aplicação da Lei Maria da Penha.
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“Vale salientar que tanto o recorrido quanto a vítima, ouvidos em sede policial, referiram-se ao namoro mantido, por aproximadamente dois meses, durante a edição do programa”, diz o documento enviado à Justiça, que também inclui imagens de cenas do programa, em que fica evidente que a situação de submissão da vencedora do programa.
A denúncia ainda afirma que, durante a Festa Retrô, que ocorreu no reality, o médico agrediu a namorada por causa de ciúmes, e deu-lhe fortes beliscões nos braços - que causaram alguns hematomas, conforme ficou constatado em um exame de corpo de delito. Além disso, a jovem ficou acuada em diversos momentos, e isso seria uma cena de violência psicológica.
Relembre o caso
O ex-participante do "BBB17", Marcos Harter foi eliminado do programa no dia 10 de abril por conta de indícios de agressão a sua companheira Emilly Araújo. A relação entre os dois chamou atenção do Estado e a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher instaurou um inquérito para apurar uma possível agressão física, como informou Tiago Leifert na apresentação do reality show.
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Dias antes, Marcos Harter havia sido repreendido pela produção do programa no confessionário e Emilly teria negado qualquer tipo de agressão. Apesar dos depoimentos, foi compreendido que ele de fato teria agredido a vencedora do "Big Brother Brasil" e segundo a delegada em entrevista concedida ao iG , a jovem afirmou em depoimento ter sido vítima de agressão do ex-participante .