Condenado nesta segunda-feira por estupro, o americano Harvey Weinstein já foi considerado um dos produtores independentes mais poderosos em Hollywood. Há dois anos, o jornal "The New York Times" e a revista "New Yorker" revelaram acusações sexuais feitas por várias mulheres, incluindo atrizes famosas. As denúncias alavancaram o movimento "#MeToo" contra assédio e agressão sexual. Ele ainda foi expulso de sua empresa, "The Weinstein Company", e da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
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Nascido em março de 1952, em Nova York, e se formou na Universidade de Buffalo nos anos 1970. Na mesma década, Harvey e seu irmão, Bob Weinstein, fundaram a produtora independente Miramax, que, ao passar dos anos, foi ganhando destaque no ramo. Em 1993, foi adquirida pela Disney.
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Após a compra feita pela Disney, os irmãos Weinstein continuaram a frente da empresa. No ano seguinte, lançaram "Pulp Fiction: tempos de violência", dirigido por Quentin Tarantino. O filme foi um sucesso e marcou a expansão da companhia para ser uma das mais importantes do ramo.
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Em 1998, mais um sucesso: "Shakespeare apaixonado", que ganhou sete estatuetas do Oscars, incluindo de melhor filme. É o único Oscar da carreira de Weinstein.
Só que, em 2005, os irmãos Weinstein deixaram a empresa e criaram outra, a The Weinstein Company. A companhia produziu filmes premiados, como "Bastardos Inglórios" (2009), "O leitor" (2008), "O discurso do rei" (2010) e "Django Livre" (2012). Todos esses ganharam algum prêmio do Oscar.
Harvey seguiu na empresa até 2017, quando foi demitido após as acusações sexuais vieram à tona. O julgamento do produtor começou em janeiro de 2020. Nesta segunda-feira, após um longo julgamento, ele foi condenado e poderá enfrentar até 25 anos de prisão.