“Uma história de conservação: A Mata Atlântica e o mico-leão-dourado” (Ed. Andrea Jakobsson) é o segundo livro da jornalista e escritora Cristina Serra que, além de trazer o cenário do mico-leão-dourado, conta com um belíssimo ensaio do fotógrafo naturalista Haroldo Palo Junior que, infelizmente, faleceu em 2017.
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Poucos sabem que o mico é um animal que só vive na porção de Mata Atlântica dentro do estado do Rio de Janeiro. E que sua população na década de 1970 atingiu somente 200 animais. Foi quase a extinção desse bichinho de pelos dourados que encanta turistas e visitantes desde a época do Brasil colônia.
Mas graças a nomes como Adelmar Coimbra Filho, primatólogo criador da primeira reserva biológica nacional e toda a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) houve um crescimento da população de micos para quase 4 mil. Porém a espécie foi vítima da febre amarela em 2017 e novamente sofreu muitas baixas chegando a cerca de 2500 segundo o último senso.
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Esses números e nomes só mostram a força-tarefa que é necessária para salvar animais e outros seres vivos de serem dizimados de nosso planeta. Já fomos responsáveis pela extinção de animais como a tartaruga gigante e o tigre-de-java e continuamos achando que as espécies são eternas e que a natureza é infinita.
Cristina, em seu segundo livro , volta novamente seus olhos para o meio ambiente e ergue mais um sinal de alerta para os brasileiros. Depois de denunciar tantas falhas e ouvir vozes que sofreram com a enxurrada de lama e rejeitos que invadiram o distrito de Bento Rodrigues, a jornalista quer manter viva a história de luta do animal símbolo da defesa ambiental brasileira.
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O homem pode ser muitas vezes o responsável pela destruição da flora ou da fauna, mas certamente ele é o único que pode salvar o mundo de um colapso. Ou mudamos a visão das novas gerações (e das nossas também) sobre a responsabilidade que cada um tem sobre o meio ambiente, ou o mundo terá um prazo de validade menor que imaginamos.
Que esse livro não seja o ponto final da história do mico-leão-dourado no planeta, mas sim o início para a preservação ainda mais efetiva da espécie.
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