Chico Buarque comentou em seu Instagram nesta quarta-feira (9) sobre a declaração que o presidente Bolsonaro deu terça-feira (8) de apenas assinar seu diploma em dezembro de 2026: “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões". Mas como começou tudo isso?
Em maio deste ano, foi anunciado que Chico Buarque seria o ganhador do Prêmio Camões de 2019, o maior reconhecimento da literatura em língua portuguesa, que é organizado pelos governos do Brasil, de Portugal e alguns países africanos que têm como língua oficial o português.
O objetivo do prêmio é reconhecer um autor que tenha "contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural" do idioma através de seu conjunto da obra.
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O diploma leva, tradicionalmente, a assinatura do atual presidente do país, porém Bolsonaro ainda não assinou. Quando questionado sobre a questão na terça-feira (8), ele debocha da situação declarando “Eu tenho prazo? Então 31 de dezembro de 2026, eu assino”, se referindo ao último dia de um possível segundo mandato.
O presidente do Brasil nunca escondeu seu desafeto com Chico Burque, um dos defensores dos governos do PT e crítico ao governo de Bolsonaro. Em resposta, Chico ironizou a fala do presidente em seu Instagram na quarta-feira (9) comentando “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões"
O Ministério da Cultural de Portugal, apesar de tentar ser diplomático e não se opor a escolha de Bolsonaro, afirma que "a cerimônia de entrega acontece em 2020, em Portugal", deixando claro que a não assinatura do diploma pelo presidente brasileiro não impediria a realização do evento.
Como a reunião de escolha do escritor premiado de 2019 aconteceu no Brasil, manda a regra que a cerimônia de entrega do Prêmio Camões à Chico Buarque aconteça em Portugal.