Maurício Ribeiro
Blad Meneghel
Maurício Ribeiro

Festejando 20 anos na dramaturgia, Maurício Ribeiro, o guerreiro Sibecai, da série "Reis", da RecordTV, agora também investe na música e na direção para audiovisual. No último dia 20, por exemplo, ele se apresentou no TBT Rock Bar, no Rio, com o espetáculo "Dias Bons", que tem o mesmo título do single lançado no final do ano passado.

Maurício Ribeiro na pele do guerreiro Sibecai, de 'Reis', da RecordTV
Divulgação/RecordTV
Maurício Ribeiro na pele do guerreiro Sibecai, de 'Reis', da RecordTV


Assim que desceu do palco, atendeu o público presente e bateu um papo descontraído com o iG Gente. Durante a conversa, o mineiro de 40 anos relembrou os trabalhos de destaque no vídeo, no cinema e no teatro e falou do sucesso de seu primeiro curta ("O Lobo do Homem"), que está sendo premiado em eventos internacionais. Confira na íntegra!


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1. Como avalia essas suas duas décadas de caminhada? 

Repletas de aprendizado. Não só profissionalmente, mas emocionalmente também. Posso dizer que tenho valorizado as minhas vitórias e enxergado motivação nas dificuldades que a profissão traz. Acredito que é nos instantes mais difíceis que acontece o maior crescimento.

Os últimos cinco anos foram uma busca incessante por conhecimento e evolução  artística. É impossível subir cada degrau sem se aprofundar no autoconhecimento. E o mais importante, reconhecer que essa etapa é constante, diária e infinita.  

2. E como se vê daqui a 20 anos? 

Espero que até lá tenha conseguido tirar alguns projetos do papel. Brincadeira. Tenho vivido apenas o presente. Então, vou buscando meu progresso em todas as esferas para estar em paz comigo mesmo.

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3. Você está fazendo Sibecai em "Reis" desde junho de 2023. Como é interpretar o mesmo personagem por diversas fases da trama?

É inspirador! Viver o Sibecai tem sido uma descoberta muito satisfatória, pois, à medida que o tempo passa, ele envelhece. Sinto-me imensamente feliz com essa oportunidade incrível de trabalhar com tantos talentos renomados e de conhecer novos que chegam cheios de energia na profissão. 

4. Agora, duas perguntas: o que te inspira na hora de compor e pretende fazer shows pelo Brasil? 

A maioria das minhas canções remete ao que tenho vivido e buscado, então a reflexão faz parte do meu cotidiano. Tem amor, gratidão e reconhecimento, além da dádiva de estarmos vivos e da chance de sermos felizes. Esta, porém, não costumamos perceber, uma vez que nos concentramos em momentos específicos para encontrá-la.

O repertório segue essa linha com bastante alto-astral e nostalgia. Durante a apresentação, interpreto textos que abordam a importância de valorizarmos o tempo. A intenção é proporcionar uma experiência imersiva e inesquecível. Vou abrir agenda a partir de maio para viajar pelo país.

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5. Aliás, quando descobriu essa sua vertente melódica?  

Na minha família, é mais do que tradição nas reuniões de final de semana a roda de violão. Desde criança, via meus tios Davi Torres e Elias Torres tocando, e isso me despertou. Aos oito anos, já estava estudando teclado. Com 14, integrando a banda Zueira em Juiz de Fora, Minas. De lá para cá, tive alguns grupos: o último foi há 15 anos, chamado Tapa de Luva. Mas a música faz parte do meu dia a dia; nunca a deixei de lado. 

6. Você, inclusive, tem se revelado diretor cinematográfico e está com um curta-metragem ganhando prêmios em festivais pelo mundo. Pretende dirigir longas e novelas? 

Com certeza. Essa vontade me acompanha há anos. Em 2006, fiz cinema na Gama Filho e já mirava nesse destino. Com o passar do tempo, comecei a escrever projetos que tendiam mais para o audiovisual do que para o teatro. Foi aí que me veio a necessidade de cursar a disciplina para ter domínio não só sobre a parte artística, mas também a burocrática.

Almejo, sim, seguir novos rumos ainda em 2024. Quanto aos folhetins — que é o lugar onde cresci profissionalmente —, já os conheço, sei como tudo funciona e adoraria dar a minha visão para as nossas tramas diárias. É uma oportunidade ótima de exercitar e evoluir! 

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7. Com a programação tão cheia, já está se dedicando aos próximos planos?

Sempre! Pretendo rodar neste ano o "Teófilo", que surgiu a partir de um espetáculo que dirigi do autor Adelino Benedito, do Biné Instituto de Arte e Cultura. A obra conta a história de um escravo que viveu na zona da mata. E um estudo minucioso nos levou a arquivos históricos do processo e julgamento da morte dele. Será um filme emocionante. Em seguida, vem a busca por incentivo e patrocínio. 


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