Considerada como uma das melhores novelas da teledramaturgia brasileira, "Vale Tudo" ficou enraizada no imaginário coletivo popular desde a primeira exibição em 1988. A produção de um remake para março de 2025, escrito por Manuela Dias, coleciona críticas de espectadores que admiram a versão original do folhetim.
O 'apego' com os atores que encarnaram os emblemáticos personagens na década de 80 é a situação mais recorrente entre o público, não à toa os novos artistas escalados para os papéis foram rechaçados nas redes sociais. Intérprete da vilã Maria de Fátima, Bella Campos é o caso mais expressivo.
A atriz, que roubou a cena como Muda em "Pantanal" e teve uma participação regada a críticas em "Vai na Fé", constantemente é alvo de comentários negativos pela escalação no remake, principalmente pelo papel de destaque que alçou Gloria Pires ao estrelato.
Mas não para por aí. Humberto Carrão, Renato Góes, Alexandre Nero, Debora Bloch, Ramille e Edvana Carvalho também sofreram com represálias. Isso porque estavam recentemente em outros folhetins, como "Renascer", "Família É Tudo" e "No Rancho Fundo". Quando o artista emenda uma novela na outra, corre-se o risco de o espectador confundir as tramas e do próprio intérprete não conseguir se desvencilhar do antigo personagem.
Especialista destaca risco em escalação e trama
Em entrevista à Coluna Gente, do veículo "VEJA", a pesquisadora Ana Paula Gonçalves, especialista em "Vale Tudo" opina sobre o risco do remake com duas personagens principais Maria de Fátima e Odete Roitman, interpretada no original por Beatriz Segall e defendida agora por Debora Bloch.
"Odete (Roitman), sendo a grande vilã que é, se for verossímil, será racista (no remake). E a escolha da Bella Campos foi arriscada (no papel de Maria de Fátima). Porque a Glória Pires é uma atriz branca e condizia com o perfil que a Odete aceitaria para a família. Então como será a entrada de Bella? Não sei como vai ser", opinou.
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