Barbara Butch diz que foi
TV Globo
Barbara Butch diz que foi "ameaçada de morte, tortura e estupro”

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 ainda está dando o que falar. A DJ francesa Barbara Butch, afirma que tem sofrido com assédio cibernético após estrelar uma cena queer supostamente inspirada na Santa Ceia. A DJ estaria recebendo ameaças de morte e insultos públicos, segundo informa a RFI.

Barbara é uma ativista feminista, antigordofobia e lésbica, e já havia reclamado no Instagram, na última segunda-feira (29), que tinha sido alvo de "mais um assédio cibernético - particularmente violento”.

A advogada da artista, Audrey Msellati, afirma que ela vem recebendo ameaças de morte, tortura e estupro, além de diversos " insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos". Barbara já registrou uma queixa contra os ataques.

Aqueles que atacam Barbara Butch o fazem porque não suportam o fato de ela poder representar a França, por ser mulher, lésbica, gorda, judia... O problema é sua intolerância e seu obscurantismo. Ao atacá-la, eles estão atacando os valores, os direitos e as liberdades da França, que ela representa por sua existência na arena pública e, em particular, pelo fato de que ela se apresenta para o seu país em uma vitrine mundial”, disse Audrey à agência AFP nesta terça-feira (30).

Os ataques foram tamanho que o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos se pronunciou sobre o caso. Eles condenaram veementemente o assédio cibernético sofrido pela “equipe artística” da cerimônia. 

A apresentação de Barbara ocorreu durante o quadro intitulado Festivity, que começou com uma imagem de um grupo à mesa. Diversas personalidades queer estavam na apresentação, como as drag queens do programa "Drag Race France" Nicky Doll, Paloma e Piche. A imagem formada foi comparada com a última refeição de Jesus com seus apóstolos, a Última Ceia.

A sequência, no entanto, foi duramente criticada por políticos da extrema direita, especialmente na França e na Itália. O episcopado francês deplorou “cenas de zombaria e escárnio do cristianismo”.

De acordo com o diretor artístico da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, a cena não teria sido inspirado na Última Ceia. Segundo ele, tratava-se "de criar uma grande celebração pagã ligada aos deuses do Olimpo”.

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