Novela de Rosane Svartman foi muito elogiada no início, mas cansou o público em uma reta final sem surpresas e com tramas confusas!
Foi com esse objetivo que a narrativa de Rosane Svartman chegou após os desequilíbrios na fidelização dos espectadores nas antecessoras: “Cara e Coragem” e “Quanto Mais Vida Melhor”. A trama de Sol (Sheron Menezzes) caiu nas graças do público, porém a reta final tem desagradado os fãs do folhetim; entenda!
Uma das maiores reclamações do público é em relação a demora para que as tramas sejam concluídas. Na reta final, diversos personagens estão congelados e sem desenvolvimento. A condenação de Theo (Emilio Dantas) ainda não aconteceu; o namoro de de Lui (José Loreto) e Lumiar (Carolina Dieckmann) continua no famoso ‘Chove não molha’; A bebê de Guiga (Mel Maia) e Yuri (Jean Campos) não nasce, e assim a telenovela continua enrolando quem assiste.
Se algumas tramas estão cansando o público, outras estão superficiais pela correria. A carreira musical de Sol escancara isso. A protagonista trabalhou como cozinheira e também dançarina de Lui na maior parte do folhetim. Agora que conseguiu conquistar o sonho de ser cantora solo, não tem destaque. Afinal, a novela está quase terminando.
A prova da correria com a trama de Sol será com o novo drama que a protagonista sofrerá com Mauro Vieira (Angelo Paes Leme). Como um empresário abusador profissional, o novo vilão atormentará a mocinha. A reviravolta é ótima, mas com o prazo de validade vencido. Estamos no fim da obra.
Canções são ótimos fios condutores narrativos, mas, em excesso, deixam a trama pesada. Esperar canções de Sol e Lui, que são personagens cantores, é válido. Mas diversos outros núcleos começaram a interpretar musicais e ocuparam um tempo desnecessário na telenovela.
A narrativa foi dominada por momentos musicais nos dramas de personagens aleatórios, como Lumiar, Theo e Rafa (Caio Manhente). As sequências em que Theo aparece cantando são as mais recorrentes e os espectadores criticam. “Cena do Theo cantando, para mim, é tortura psicológica”, escreveu um. “Ninguém aguenta mais”, admitiu outro.
A reta final de “Vai na Fé” se perdeu no meio de situações sem sentido algum. Do sequestro falso organizado por Rafa e Kate (Clara Moneke) até a traição de Fred (Henrique Barreira) e Bia (Flora Camolese), as sequências são superficiais e desnecessárias.
Mesmo que não esteja na melhor fase, “Vai na Fé” é definitivamente um sucesso da faixa das sete e entregará uma missão difícil para a sucessora, “Fuzuê”, do estreante na Globo, Gustavo Reiz. Caberá a nova novela manter a audiência que “Vai na Fé” lutou para recuperar após “Cara e Coragem” e o objetivo não será fácil, visto o apego do público aos personagens da trama de Svartman.
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