Mesmo na reta final, a personagem assumida por Bella Campos continua como no início da trama: chata e contraditória.
Com vários capítulos, as novelas aprofundam personagens. É comum ver um coadjuvante ofuscado ganhar destaque, outro amadurecer, um vilão alcançar a redenção e assim por diante. Em "Vai na Fé", Kate e Lumiar podem ser usadas como exemplo. A primeira ganhou destaque e a segunda se redimiu pelos erros. Mas, alguns, como Jenifer (Bella Campos), permaneceram iguais.
Desde os trailers de lançamento da novela, a personagem era rotulada como uma estudante de direito empática, feminista e forte. No entanto, se mostrou o oposto, principalmente com o machismo contra a mãe, Sol (Sheron Menezzes), protagonista da trama.
A personagem de Bella Campos criticava o falecido pai adotivo, Carlão (Che Moais), por não ajudar nas tarefas domésticas e o chamava de machista. Contudo, oprimia a mãe por escolher seguir carreira como dançarina de Lui Lorenzo (José Loreto) e reproduzia o mesmo discurso machista e conservador da Avó, Marlene (Elisa Lucinda), e de Carlão.
Ao investigar o passado da mãe, ela passou a abordar qualquer pessoa que fizesse parte do passado de Sol para descobrir quem era o verdadeiro pai. Mesmo que tivesse o direito de saber de quem é filha, a personagem foi rude e grosseira com a mãe, que tentou esconder que Jenifer talvez fosse fruto do estupro de Theo (Emilio Dantas), o que foi confirmado posteriormente.
Triângulos amorosos movimentam a trama e fazem o público se dividir na torcida pelos casais, mas a indecisão de Jenifer fez os espectadores cansarem dela. Ela não decide se fica com Hugo (MC Cabelinho), Eduardo (Matheus Abreu) ou Otávio (Gabriel Contente).
Quem acompanhou o folhetim desde o início se lembra que o personagem de MC Cabelinho começou tendo um romance com Kate. O casal ficou junto por um bom tempo, mas se separou ao decorrer da trama. Jenifer, além de se envolver com o ex da melhor amiga, não teve responsabilidade afetiva e sequer conversou com ela.
As maiores críticas dos espectadores foram em relação ao descaso que ela teve com Carlão (Che Moais). Isso porque, após descobrir que não era filha biológica dele, Jenifer começou a tratar Ben como pai. Mesmo tendo sido criada a vida toda por Carlão, ela sequer mencionava a importância dele como pai adotivo dela.
Quando descobriu que Lumiar (Carolina Dieckmann) tentou afastar Sol de Ben, ela constrangeu a advogada diversas vezes, até mesmo em espaços públicos e nas aulas que tinha na faculdade de direito. Tudo isso após a personagem já ter pedido várias desculpas.
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