Após integrar o elenco de "Lado a Lado" (2013) e fazer uma participação em "Tempo de Amar" (2017), Elisa Lucinda está de volta às novelas da Globo para viver Marlene em "Vai na Fé", próxima trama das sete que estreia em janeiro. A personagem é a mãe da protagonista Sol, interpretada por Sheron Menezzes, e apresenta uma forte relação com a religião . Em entrevista coletiva para divulgar a novidade, a atriz expressou felicidade em interpretar uma pessoa evangélica na ficção.
+ Entre no canal do iG Gente no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre celebridades, reality shows e muito mais!
"O que mais me faz feliz, do ponto de vista como atriz, é terem me convidado para fazer uma evangélica. Gosto do respeito do convite para fazer o arco dramático dela, que é muito interessante", disse. Elisa compartilhou que se consultou com o pai de santo para antes de aceitar o papel na emissora.
"Não é à toa que o pai de santo disse para mim: ‘Vai na fé’. Quando perguntei [ao pai de santo] se deveria fazer a novela e ele disse ‘vai na fé’, sem nem saber… Nem eu sabia qual era a trama da novela", afirmou. A atriz também elogiou como a religião é explorada no projeto assinado por Rosane Svartman, autora de novelas como "Totalmente Demais" (2015) e "Bom Sucesso" (2019).
+ Siga também o perfil geral do Portal iG no Telegram !
"Gosto principalmente de compor esse imaginário do evangélico tão carregado de estereótipos, dos quais estamos fugindo. E representando com amor. É tão bonito o fundamento do evangelho, estou defendendo ser evangélica, amo os louvores, defendendo amorosamente, sem contaminá-la com minhas críticas ao neopentecostalismo. Pelo contrário, achando nele seu fundamento amoroso, o que é um antídoto para um mundo de guerra", comentou.
"Eu gosto da dignidade da dona Marlene, de considerar aquela família [....] Isso representa a família pobre e preta brasileira, que tem como estandarte a dignidade", complementou. Lucinda ainda relembrou que se emocionou durante a preparação para interpretar Marlene, por compartilhar os bastidores da novela com atores pretos e estar vivendo uma "utopia de diversidade e equidade dentro do trabalho" com a qual sonhou.
"Teve momentos na preparação em que chorei muito de ver aquele monte de gente preta, competente e respeitada no seu lugar. Há 30 anos, muitos de nós saímos só na possibilidade de entrar em uma novela de época para fazer o papel de uma pessoa escravizada. Isso é muito importante, vejo como um avanço imenso, até do ponto de vista capitalista. Do ponto de vista do lucro, é impressionante o que os pretos consomem e querem se ver representados", refletiu.
+ O "AUÊ" é o programa de entretenimento do iG Gente. Com apresentação de Kadu Brandão e comentários da equipe de redação, o programa vai ao ar toda sexta-feira, às 12h, no YouTube, com retransmissão nas redes sociais do portal.