Autora conta porque explora religião em 'Vai na Fé': 'Não é um pilar'

Rosane Svartman relembra como projetos anteriores na Globo influenciaram na temática da próxima novela das sete

Sheron Menezzes é a protagonista da novela 'Vai na Fé'
Foto: Reprodução/Globo/João Miguel Júnior - 15.12.2022
Sheron Menezzes é a protagonista da novela 'Vai na Fé'


"Vai na Fé" estreia em janeiro na Globo e promete trazer a temática da religiosidade para a faixa das sete na programação. A novela estrelada por Sheron Menezzes foi criada por Rosane Svartman e autora ressaltou que a religião não é um "pilar" da trama, mas exerce importância na construção dos personagens.

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Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15), Roseane contou como trabalhos anteriores na emissora influenciaram na decisão de trazer a religião para a trama. "Tanto a Eliza, quanto a Paloma, eram mulheres de fé [...] E [os projetos] não foram considerados novelas religiosas", avaliou, se referindo às protagonistas dos projetos que já assinou, "Totalmente Demais" (2015) e "Bom Sucesso" (2019).


A trama de 2019 impactou diretamente na criação da novela inédita por conta de uma pesquisa com os espectadores. "Há dois anos, quando estava fazendo grupo focal de ‘Bom Sucesso’, uma coisa que me chamou a atenção foi uma ficha em que as pessoas falam da religião. Comecei a reparar que em um grupo de 10 pessoas, de 4 a 6 colocam religião evangélica. Isso está dizendo que esse público não está necessariamente afastado, pelo menos assistiu à novela, entendeu e se identificou com a Paloma, que é uma mulher de fé e católica", relembrou. 

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Svartman defendeu a realização de pesquisas para criar novas histórias na ficção e ressaltou como o resultado deste grupo focal a influenciou em construir a personagem de Sol como evangélica. "Tudo isso começou a me fazer pensar como seria essa personagem. E assim nasceu Sol e essa família através das pesquisas e desse entendimento", avaliou. 

"99% dos brasileiros têm fé e 90% tem uma religião. Não seria estranho, portanto, que isso fosse uma característica dos personagens. No caso da Sol, aquela mulher de uma família aspiracional, multigeracional, construída com afeto, não seria estranho que ela fosse evangélica, cristã. Apesar de a religiosidade não ser um pilar, é, sim, um dado importante para os brasileiros", destacou. 

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