Não há dúvidas: Adriane Galisteu foi o maior acerto da Record em 2021. A volta da apresentadora para a televisão aberta era algo mais do que merecido e necessário, além de ser o nome perfeito para herdar A Fazenda após o sucesso de Marcos Mion. Tanto é que a estrela já foi confirmada para a próxima edição .
Mas uma coisa ficou muito evidente. Galisteu entrou no clima de A Fazenda. Emprestou a cara, o jeito “meus amores” de ser e muito carisma. Só faltou o reality se preparar para a apresentadora. E isso, além de erro primário, me parece injustificável.
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A Record teve quase um ano entre a saída de Mion e a estreia com novo comando. Mas logo na primeira semana já dava para perceber que a cabeça da emissora ainda estava no ex.
Que os apresentadores do reality são totalmente engessados não é novidade. Mas amarrar a loira num texto que não era para ela não tem sentido, não passa naturalidade e fica a sensação de estar assistindo a um filme mal dublado.
Foi um tal de “Fazendona”, “Tamo no Recinto’, a adoção do nome “Fazendão” para o campo de provas (apelido dado por Mion). Só faltou mandarem ela segurar um taco de basebol e abraçar o Supla.
Outro ponto importante: quando algo é emocionante, imperdível, tenso de verdade, ninguém precisa dizer. As pessoas percebem sozinhas. Mas o excesso de autovalorização do reality parecia tentar esconder uma verdade evidente: a edição se perdeu, preservou um monte de plantas e as dinâmicas não conseguiram salvar a falta de conteúdo da temporada.
Ter um formato como A Fazenda e uma apresentadora como Adriane Galisteu à disposição é como ter um carrão esportivo de luxo na garagem. Quem tem uma Ferrari para querer andar a 50 km/h em uma estrada reta e deserta? Record, vamos sem medo que o galo é bravo, mas o público não é bobo.
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