William Bonner desmentiu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na quinta-feira (11), durante o " Jornal Nacional ". Após exibir um vídeo em que o chefe de estado critica a decisão do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de limitar a circulação das pessoas nas ruas para conter a Covid-19.
"Nós vamos resistir a isso aí? Aqui no DF toma-se a medida de decreto de estado de dissídio. De 22h a 5h da manhã ninguém pode andar. Só eu podia tomar uma decisão dessa. E assim mesmo ouvindo no Congresso Nacional, então, na verdade, uma medida extrema dessa só o presidente da república e o Congresso poderão tomar. A gente vai deixar isso acontecer?", diz Bolsonaro em vídeo questão.
Em resposta, ao vivo, William Bonner dissertou. "Não é verdade... Na verdade em caso de emergência de saúde pública, a Lei 13.979 concede as três esferas de governo o direito de adotar medidas restritivas como isolamento, quarentena e restrição a locomoções, entre muitas outras. É nessa lei que o governador Ibaneis Rocha e todos os outros governadores têm se baseado para declarar, por exemplo, o toque de recolher e não estado de dissídio, como declarou erroneamente o presidente da república".
Histórico de Bonner e Bolsonaro
Não é a primeira vez que o presidente e o jornalita ganham destaque por citarem negativamente um ao outro. Recentemente, Bonner alfinetou o chefe de estado ao noticiar o interesse do governo em comprar vacina da China.
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O tom irônico usado por Bonner para noticiar o caso foi destaque pois, durante a pandemia, Bolsonaro teceu críticas à vacina e culpou os chineses por não conterem o vírus.
Porém, Bolsonaro também tem sua participação nesse 'toma lá, dá cá'. Não é de hoje que o mandatário tece críticas à rede Globo, recentemente, inclusive, ele chamou Bonner de "sem-vergonha".
“William Bonner, sem-vergonha, vai ter seringa pra todo mundo. William Bonner, por que teu salário foi reduzido? Porque acabou a teta do governo. Vocês têm que criticar mesmo. Quase R$ 3 bilhões por ano para a imprensa e, em grande parte, pra vocês. Acabou a grana, Bonner”, disse Bolsonaro, em um pronunciamento.