Se não faltou poesia em “ Bom Sucesso ”, a novela das 19h também não se afastou da realidade. Um dos momentos que deram o que falar foi quando o vilão Diogo ( Armando Babaioff ) tomou o controle da editora de Alberto (Antonio Fagundes), a Prado Monteiro, e prometeu acabar com “publicações LGBT XYZ imorais” e com o "viés ideológico".

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O personagem Diogo foi comparado com o presidente Jair Bolsonaro
Divulgação/Globo/Reprodução/Instagram
O personagem Diogo foi comparado com o presidente Jair Bolsonaro


As falas geraram comparações com episódios recentes, como a tentativa de o governo federal cancelar um edital que contemplaria séries LGBT . Os autores são cuidadosos com o paralelo, mas lembram que “não vivem numa redoma”.

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"Muita gente fala que o Diogo é um vilão caricato. Mas a realidade é plagiária em certo sentido. Quando o secretário da Cultura (Roberto Alvim) foi defenestrado em sua arrogância nazista, coincidiu com a queda do Diogo da editora. A coincidência histórica é inescapável e reitera uma leitura da novela que não tem como a gente prever", diz Halm.

Outra surpresa, lembra Rosane, foi a recepção positiva a Waguinho (Lucas Leto), jovem que se envolve com o crime e ganha uma segunda chance.

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"Eu, pessoalmente, tinha medo de abordar essa história num horário com classificação indicativa de 12 anos. Na pesquisa, vimos que todo mundo conhecia alguém parecido e queria ter esperança de que havia uma saída."

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