Rosa (Leticia Colin) vem de família pobre, que teve que escolher uma das filhas para investir no futuro. A escolhida foi a irmã Maura (Nanda Costa), que se tornou policial. Em meio a origem humilde, Rosa acaba se envolvendo com Laureta (Adriana Esteves) que lhe oferece uma oportunidade de ganhar dinheiro em troca de sexo. É assim que começa a história da personagem em “Segundo Sol”.
Rosa tem ganhado cada vez mais destaque em “ Segundo Sol ”, em parte graças ao talento de Letícia, que domina a personagem melhor que os protagonistas, e parte por conta do bom desenvolvimento de sua história.
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Precisando de dinheiro, ela aceita trabalhar para Laureta e acaba não conseguindo se livrar da cafetina até que pague sua dívida. Em meio a vida de prostituta , Rosa conhece um jovem com uma história similar a sua, Ícaro (Chay Suede) com quem se envolve. Depois, ela descobre as possibilidades de uma vida confortável e com riquezas ao lado de Valentim (Danilo Mesquita).
Apesar de não mostrar uma realidade tão comum às prostitutas, que normalmente ficam na rua e atendem muitos clientes por noite, a novela não usa o ofício como alívio cômico, nem centra sua vida somente nisso. Garota de programa ou não, Rosa tem problemas amorosos, problemas na família, e acaba sendo o ponto moral na discussão entre a irmã e a mãe, que acabou de descobrir a orientação sexual da filha mais velha.
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Os conflitos familiares
Rosa faz o possível para esconder da família sua profissão, pois compreende que a informação não será bem recebida, mas isso não a impede de participar de outros conflitos familiares, e tentar fazer o diálogo funcionar. “Maura só quer ser feliz não é minha mãe? Ela merece”, ela diz para Nice (Kelzy Ecard) quando a mãe descobre que Maura é gay e a rejeita.
“Não é a senhora mesmo que é fã de várias cantoras que são casadas com mulheres? São suas ídolas. Isso nunca foi problema nenhum. Por que agora é? Gente gosta de gente minha mãe”, completa defendendo a irmã.
Os relacionamentos de Rosa
Um dos trunfos de Rosa é mostrar seu trabalho como ele é: um trabalho. Independente da profissão envolver sexo, Rosa tem uma vida amorosa, e ela é bem complicada. Seus dois pretendentes sabem o que ela faz, e mesmo assim estão dispostos a passar por cima disso para ficar com ela.
"Valentim é um amor, carinhoso, atencioso, bom partido, me trata como uma princesa. E Ícaro é um lindo, ruim de resistir, tem uma pegada que benza Deus!”, ela confessa para a irmã, mostrando que fica em dúvida entre os dois.
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E é justamente nesse tipo de cena que a visão da prostituta vai se desfazendo como algo sujo ou nocivo, excluindo-a da sociedade. Pelo contrário, essas histórias paralelas, além de tornarem a personagem mais complexa e bem desenvolvida, tendem a humanizar a figura da garota de programa. As tramas distintas acabam desmistificando o ofício, tornando Rosa uma das melhores personagens de “ Segundo Sol ”.