Desde 2012 Fátima Bernardes ocupa o posto de apresentadora na rede Globo . Um dos maiores nomes do jornalismo da casa, ela decidiu mudar sua vertente e foi para o entretenimento, onde apresenta com sucesso o “Encontro”.
Mas, antes disso, Fátima Bernardes já participou de grandes coberturas jornalísticas, incluindo a Copa do Mundo de 2002, na qual o Brasil foi campeão. Ela acompanhou a seleção nos bastidores, pegou ônibus com os jogadores e apresentou um jornalismo mais informal, se tornando a musa da Copa e pé quente do mundial.
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Desde então, a Globo tentou emplacar jornalistas no mesmo esquema de “amiga da seleção”, mas nenhuma tem o carisma e a simpatia da apresentadora. Nessa Copa o posto é de Renata Vasconcellos .
Âncora do “Jornal Nacional” ao lado de William Bonner, ela cumpre a mesma função que foi de Fátima e é responsável por atualizar, durante a programação, os passos da seleção canarinho.
Proximidade com a seleção
A diferença mais visível entre as duas é a proximidade com a seleção. Fátima Bernardes acompanhava o time por todas as cidades em que jogava, falava com jogadores e tinha acesso ao que acontecia com o time e a preparação para os jogos.
Em 2018, Renata tem um caminho mais curto: ela fica somente em Moscou, onde a Globo instalou seu estúdio. A jornalista não viaja para as cidades onde o Brasil joga, nem tem acesso aos jogadores.
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Companhia
Enquanto Fátima voava “solo”, Renata faz dobradinha com Galvão Bueno. O narrador dos jogos da seleção aparece ao lado de Renata sempre que ela entra ao vivo no “JN” ou outro jornal da emissora, comentando a Copa com ela. Embora os dois se deem bem na transmissão, Renata perde um pouco da autonomia, transferida para Galvão, considerado maior “autoridade” no quesito futebol.
Galvão, conhecido defensor da seleção mesmo em seus piores momentos, acaba por amenizar as críticas, mesmo quando as mesmas são necessárias. O fato dos dois apenas chamarem as reportagens e Galvão ficar mais na função de comentarista engessa Renata ainda mais, já que para ela sobra a função de ler o teleprompter.
Ousadia e alegria
Fátima Bernardes sempre teve grande simpatia com seu público. Hoje como apresentadora, vemos a jornalista solta, divertida, sem medo de “pagar mico”. Talvez não fosse não despojada quando era jornalista, mas o espírito de Copa, tão conhecido do brasileiro, sempre a contagiava.
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Assim, ao acompanhar de perto a seleção, Fátima Bernardes representava bem a empolgação do torcedor. O mesmo não acontece com Renata. Também simpática, ela não tem a mesma vibração de Fátima, e acaba se unindo aos tantos jornalistas mais sérios, que não “quebram” essa seriedade para se unir a torcida.