O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que possui 40 anos como importante figura pública é o convidado especial do programa “ Conversa com Bial ”, que vai ao ar após o “Jornal da Globo” na madrugada desta quarta-feira (25). No bate-papo “FHC”, fala sobre seu novo livro em parceria com Sergio Fausto e Miguel Darcy de Oliveira e sobre a atual situação da política no Brasil.
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No livro “Crise e Reinvenção da Política no Brasil”, Fernando Henrique Cardoso demostra um grande sentimento de esperança para o País – por conta de todos os momentos complicados que tem acontecido no mesmo. O ex- presidente também conta que escreveu a obra com a expectativa que as pessoas relacionadas aos estudos políticos leiam.
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Ele ainda conta que se o livro pudesse servir de influência e ajudar nas eleições que se aproximam, seria ótimo para o País. “Tem 210 milhões de pessoas aqui que vão depender em larga medida do que vamos fazer nas eleições. O mundo está mudando, houve uma mudança no modo de organizar a produção que afetou todo mundo e as relações sociais. E as nossas estruturas são de outra época. Se nós não avançarmos, nós perderemos espaço na história”, conta.
Crise política no Brasil
O ex-político ainda argumenta sobre a crise complicada que Brasil está passando desde os últimos anos. “Onde não há crise política? Onde há regime autoritário. O fato é que ela veio também vestida de outra crise, que é a da quebra da confiança dos eleitores nos eleitos, por conta da corrupção. Tivemos recessão, condução econômica desastrada, a Lava Jato. São várias crises ao mesmo tempo”, afirma.
Sobre os possíveis candidatos à presidência, Fernando Henrique exalta que hoje em dia qualquer um quer ser presidente. “Estou vendo tanto candidato à presidência que fico até irritado. Eu queria até ser rainha da Inglaterra, então. Como é que alguém quer ser presidente por ser presidente? Que é isso?!”, ironiza.
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Fernando Henrique ainda diz que “o líder político brasileiro, hoje, tem que ter sentimento de urgência e grandeza”. Sérgio Abranches que é outro convidado da noite, também comenta sobre a política e o livro do ex-presidente. “(No livro) Eu prefiro a parte em que ele trata da mudança global; a visão dessa mudança global ainda está pouco enraizada na política brasileira. No que diz respeito a esta análise, tenho algumas críticas”. “Vamos divergir, porque divergir é bom”, completa "FHC".