Cinco vezes que "O Outro Lado do Paraíso" foi criticada por sua trama
Com tramas ruins, novela de Walcyr Carrasco é constantemente criticada por conta do desserviço social que oferece com algumas histórias
“O Outro Lado do Paraíso” soma mais baixos do que altos nos mais de cinco meses em que está no ar. Com a ambição de retratar diversos assuntos polêmicos, a trama de Walcyr Carrasco tem escorregado em muitas dessas representações, levando ao público histórias rasas e, por vezes, irreais.
Mesmo se tratando de ficção, a novela muitas vezes tem prestado um desserviço ao tratar de alguns assuntos, como abuso, relações homossexuais, psiquiatria e até amamentação. Por isso, listamos todas as vezes que “ O Outro Lado do Paraíso ” foi descreditada pelo público ou por instituições:
Leia também: “A Força do Querer” e a importância do merchandising social em novelas
-
Desserviço
A advogada Adriana (Julia Dalavia) também atua como coaching, técnica de desenvolvimento humano que usa métodos da psicologia. A ferramenta é usada na novela para que Laura (Bella Piero) se lembre dos abusos que sofria do padrasto na infância. A situação foi criticada pelo conselho de psicologia que chamou de “desserviço” a maneira como a novela lidou com o caso.
“É consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que tem a habilitação adequada”, informou o conselho em nota oficial.
-
Amamentação
O caso mais recente aconteceu na última semana, depois que foi ao ar uma cena em que a personagem Suzy (Ellen Rocche) aparece amamentando outro bebê. A prática, porém, é contraindicada e diversas associações, como a Abenfo e o Cofen se manifestaram alertando para os perigosos desse tipo de ação, que pode, inclusive, transmitir HIV.
Você viu?
-
Psiquiatria
Logo do começo da novela, Clara (Bianca Bin) acaba internada em um manicômio, com um falso diagnóstico de esquizofrenia. Internada, ela é submetida a choques elétricos, o que fez com que a Associação Brasileira de Psiquiatria se manifestasse.
Em nota, eles informaram que as cenas geram “uma grande repercussão negativa para o tratamento” que, na realidade, é feito em hospitais, sob anestesia e com monitoramento eletrocardiológico.
-
Relação homossexual
“O Outro Lado do Paraíso” mostra Samuel (Eriberto Leão) homossexual que não se assume e mantém um caso secreto com outro homem gay. Ele, porém, é exposto da pior maneira possível, em um momento íntimo e vulnerável, servindo apenas para sustentar a vingança da protagonista.
Depois disso, ele é novamente humilhado na frente de seus colegas de profissão. As cenas geraram certa indignação pela falta de tato com que o tema foi tratado, e pela maneira como ele foi exposto, sem ter a oportunidade de assumir por conta própria.
Leia também: Vergonha alheia! As piores histórias de “O Outro Lado do Paraíso”
-
Racismo
A personagem de Eliane Giardini, Nádia, é extremamente racista, e mostra todo seu preconceito contra Raquel (Erika Januza). Mas, com exceção da própria que a chama pelo que ela é, por outros ela não é vista por esse olhar.
Tida como vilã, “ O Outro Lado do Paraíso ” não esclarece que o comportamento de Nádia não é simplesmente “maldoso”, mas sim um crime.