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Convidado do "Programa do Porchat", William Waack se defendeu de acusações de racismo e falou sobre a carreira

O jornalista William Waack deu, na noite desta segunda-feira (5), sua primeira entrevista após ser demitido da TV Globo por conta de uma acusação de racismo . Ele foi ao  "Programa do Porchat"  da Record TV e falou sobre o caso que acabou encerrando sua passagem, que durou mais de duas décadas, pela Globo. Durante o papo, o jornalista se defendeu das acusações de racismo, falou sobre a demissão e também sobre os novos rumos da carreira.

Ao ser questionado pelo apresentador Fábio Porchat sobre a polêmica,  Waack  voltou a defender que as afirmações consideradas racistas não passaram de "brincadeiras" da sua parte. “Eu nunca pensei naquilo, sempre fiz um monte de piadas", disse o jornalista, que ainda criticou as pessoas que divulgaram o vídeo e a própria Globo pelo modo como lidou com o caso. “Aquilo era um ambiente privado, onde eu estava falando no ouvido de um amigo. Eu não acho que o vídeo em si tenha sido o grande problema, mas sim em decisões que ocorreram após ele”, analisou.

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Waack ainda falou sobre o período que foi colocado na "geladeira" pela emissora e agradeceu o apoio dos fãs que o defenderam após o caso. “No período em que precisei ficar em silêncio, muitas pessoas falaram por mim. O tipo de apoio que eu recebi de pessoas que falaram por mim foi extraordinário, o tipo de solidariedade que recebi nas ruas foi surpreendente”, comentou.

Sobre o futuro na carreira, o jornalista, que já ganhou por duas vezes o Prêmio Esso, disse que pretende se lançar em plataformas na internet. “Eu estou indo para esse mundo digital agora”, disse Waack, sem dar mais detalhes sobre o novo projeto.

Relembre o caso

No dia 8 de novembro começou a circular na web um vídeo em que William Waack aparece nos bastidores de uma transmissão fazendo comentários de cunho racista. As imagens seriam de 2016, quando ele estava nos EUA cobrindo as eleições americanas. Ao lado de um comentarista, ele reclama de uma pessoa na rua e diz que a atitude se trata de “coisa de preto”.

Com a repercussão do caso, Waack foi imediatamente afastado da bancada do “Jornal da Globo”, que apresentava sozinho. Em seu lugar, Renata Lo Prete e Carlos Tramontina se revezaram.

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A Globo confirmou sua demissão no dia 22 de dezembro, em comunicado feito em conjunto pelo próprio William Waack e Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora. “​A TV GLOBO e o jornalista decidiram que o melhor caminho a seguir é o encerramento consensual do contrato de prestação de serviços que mantinham”, diz o texto.

Na mensagem, ambos reiteram seu repúdio ao racismo e Waack comenta que nem ali nem em nenhum outro momento de sua vida teve o objetivo de protagonizar ofensas raciais. Ele diz ainda que repudia de forma absoluta o racismo , nunca compactuou com esse sentimento abjeto e sempre lutou por uma sociedade inclusiva e que respeite as diferenças. O jornalista também pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, “pois todos merecem o seu respeito”.

Por fim, o comunicado diz: “a TV GLOBO reafirma seu repúdio ao racismo em todas as suas formas e manifestações. E reitera a excelência profissional de Waack e a imensa contribuição dele ao jornalismo da TV GLOBO e ao brasileiro. E a ele agradece os anos de colaboração”.

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