A primeira noite de desfiles do Carnaval de São Paulo começou na noite de sexta-feira (9) e acabou já na manhã do sábado (10). Os desfiles tiveram início com a Independente Tricolor falando sobre filmes de terror e terminaram com a Tom Maior homenageando a Imperatriz Leopoldina já com o dia claro. Além disso, Unidos do Peruche , Acadêmicos do Tucuruvi , Mancha Verde , Acadêmicos do Tatuapé e Rosas de Ouro também passaram pelo Anhembi.
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Os destaques da primeira noite do Carnaval de São Paulo ficaram por conta da Rosas de Ouro, que falou sobre a vida dos caminhoneiros, e a música sertaneja, e Mancha Verde, celebrou os 40 anos do grupo Fundo de Quintal.
Independente Tricolor
A Independente estreou no Grupo Especial falando sobre terror. Com o enredo "Em cartaz: Luz, Câmera e…Terror. Uma produção Independente”, a escola abriu a folia homenageando a produções do gênero. A agremiação trouxe vampiros, zumbis e imagens grotescas para a avenida. Uma das maiores referências de horror no Brasil, o Hopi Hari, não ficou de fora. O parque foi lembrado em um carro alegórico que fazia referência à "Hora do Horror".
Zé do Caixão, personagem de José Mojica, foi a estrela da escola. Além disso, figuras fictícias, como Nosferatu, do filme de "Friedrich Wilhelm Murnau", e Jason, do filme "Sexta-feira 13", criado por Victor Miller, também foram celebradas.
A escola chegou a perder um ponto e dois décimos depois que seu abre-alas, que fazia referência a um estúdio de filmes de terror, enfrentou problemas e precisou ser guinchado por uma empilhadeira durante todo o percurso.
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Unidos do Peruche
Com Martinho da Vila, homenageado pela Unidos do Peruche nesta noite, no topo do último carro, a escola fez junção da África com o Brasil na vida e na música de Martinho. Além do homenageado, Leci Brandão saiu em um dos carros da escola.
Para mostrar as facetas do cantor, a agremiação começou destacando as relações do samba com a África, e as influências, como de Noel Rosa, que Martinho recebeu ao chegar em Vila Isabel, no Rio de Janeiro,, procedente de Duas Barras (RJ), onde nasceu há 80 anos.
A escola ainda fez um destaque especial para a atuação do cantor nos países de língua portuguesa na África, com os quais ele desenvolveu diálogos musicais e embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLT).
Acadêmicos do Tucuruvi
A Tucuruvi levou para o Anhembi a história dos museus e conseguiu fazer um belo desfile mesmo depois de perder 90% de suas fantasias em um incêndio nas vésperas do carnaval. Vale lembrar que, por conta do ocorrido, a escola não será julgada.
Apesar de quemar cerca de 2 mil peças, a Tucuruvi não deixou a desejar e representou museus de história, de artes, de ciência, assim como os brasileiros da Língua Portuguesa, do Índio, do Amanhã, Folclore e do Futebo. A escola foi ovacionada pelo público.
Mancha Verde
Quarta escola a pisar no Sambódromo, a Mancha Verde foi um dos grandes destaques da noite ao levar a história do grupo Fundo de Quintal para o Anhembi. Além do grupo, Viviane Aráujo, rainha de bateria, também brilhou na avenida.
A escola contou com a forte participação das arquibancadas, que a todo momento participou do desfile, cantando o samba-enredo, com bandeiras, faixas, bexigas e sinalizadores.
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Acadêmicos do Tatuapé
Atual campeã do Carnaval de São Paulo, a Tatuapé entrou na avenida para falar do estado do Maranhão. A escola apostou em um desfile tradicional que aconteceu sem imprevistos.
Um dos pontos fortes da escola foi a alternância, pela bateria da agremiação, da batida do samba para a batida do reggae, ritmo muito presente no local homenageado nas últimas décadas. As fantasias e as alegorias dos carros chamaram atenção do público.
Rosas de Ouro
Sexta escola a pisar no Anhembi, a Rosas de Ouro também foi um dis grandes destaques da noite. A escola teve participação de Maiara e Maraisa para falar sobre vida dos caminhoneiros no Brasil e provou que samba e sertanejo podem se misturar.
A escola mostrou as singularidades das diversas partes do país por onde passam os caminhoneiros e usou sangonas em seu corpo instrumental.
Tom Maior
A Tom Maior fechou a primeira noite de desfiles do Carnaval de São Paulo já com o dia claro e homenageou Dona Leopoldina com alas que foram de história brasileira a tributo para Luiza Brunet. O desfile destacou momentos históricos do Brasil, como a declaração da independência, representada no quarto carro com Leopoldina no lugar de Dom Pedro.
A agremiação contou na primeira noite de desfiles do Carnaval de São Paulo história da personagem histórica e da escola de samba carioca. Leopoldina morreu aos 29 anos e seu nome foi dado a uma ferrovia, que tem um trecho que corta os subúrbios do Rio de Janeiro. Em um ponto às suas margens, no bairro de Ramos, nasceu a escola de samba Imperatriz Leopoldinense.