Quem acompanha "A Fazenda - Nova Chance" e fica maravilhado com cada detalhe da casa, como aquela decoração maravilhosa, os animais na parte exterior, a piscina ou seja lá o que te chame atenção lá dentro, não imagina o trabalho e a quantidade de pessoas envolvidas - aproximadamente 200 para ser mais exata - para o programa se manter firme 24 horas por dia.
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Em uma visita à sede do reality, que fica localizada em Itapecerica da Serra, localizada a 33 km da capital paulista, ficou bem claro o tamanho da estrutura montada para "A Fazenda - Nova Chance". Não era necessário nem entrevistar Rodrigo Carelli , diretor de núcleo de realities da Record , ou Roberto Justus , apresentador do programa, para entender que por trás das câmeras o trabalho é muito intenso e grandioso.
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Mesmo assim, Carelli, Justus e mais alguns representantes do reality explicaram tudo sobre o local e sua produção e começaram falando que toda aquela estrutura que estávamos vendo, antes mesmo de chegar de fato na área da "Fazenda", era um local de acampamento infantil que alguns grupos alugavam para esse tipo de ocasião e até mesmo casamentos. São 78 quartos que viraram uma baita estrutura para a produção e, lá fora, onde tinham quadras de tênis e futebol, muito grandes por sinal, foi montada a área técnica com a casa e o jardim.
Sim, aquela área que vemos na televisão não começa ali e a área de produção é bem maior do que a própria Fazenda. "A gente pegou toda a experiência dos programas anteriores e fizemos tudo otimizado, conseguindo colocar câmera onde a gente quisesse. Tudo muito bem pensado", contou Carla Affonso, CEO da Cygnus Media , produtora responsável pela operacionalidade do programa.
Essa parceria, inclusive, foi quem deu vida a esse novo conceito do reality, que antigamente era em Itu, também no interior de São Paulo. "A gente na verdade consultou algumas produtoras para levantar projetos novos do que seria uma nova 'A Fazenda' e, por uma série de fatores, escolheremos esse projeto que, inclusive, incluía mudar a Fazenda de lugar", explicou Carelli.
O novo projeto também incluía a necessidade de ter novidades em relação aos participantes do reality show e, segundo Rodrigo Carelli, daí veio a ideia de levar pessoas que já fizeram realities antes, mas não ganharam. "Mudar de lugar e ter esse elenco com essa característica faz parte de um mexer na estrutura mesmo, de falar 'vamos começar tudo de novo já que a gente ficou dois anos fora do ar'", completou o diretor.
Com tudo novo, era como se "A Fazenda" estreasse pela primeira vez, o que para a direção do programa explica os vários problemas técnicos nos primeiros dias de confinamento. "Várias coisas que aconteceram tem a ver com coisas que acontecem normalmente em uma primeira temporada", explicou o diretor. Segundo ele, alguns dos problemas também aconteceram na primeira edição do reality. "Realmente aconteceram algumas coisas que não deveriam ter acontecido e que muito prontamente a equipe, a produtora e nós, da Record, corremos atrás de resolver essas questões. A partir da segunda semana não teve mais nenhum problema técnico e nada comprometeu o programa, nada afetou o conteúdo do programa", completou.
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Ainda de acordo com o diretor, os problemas não mudaram em nada o planejamento inicial da emissora e, artisticamente, o programa ficou intacto e seguiu a linha de raciocínio que queria, inclusive das provas, que mantiveram seu nível com características diferentes.
Por trás das câmeras
Chegando de fato ao local onde a casa está instalada, assim como o quintal e os locais onde os animais ficam, é impossível não ficar impressionado com a imensidão do local. Carla Affonso inclusive, contou que é bem maior que o "Big Brother Brasil", do qual ela fez parte da produção na edição número oito.
Observar tudo aquilo que vemos apenas pela televisão é muito legal, mas, mais do que isso, ver tudo o que sustenta aquilo é chocante. "Tudo funciona 24 horas, tudo é dividido em turnos porque é um programa que não tem nenhum segundo em que se para de captar imagem e editar. A edição é feita em um processo quase industrial", explicou o diretor.
A edição das imagens e o filtro do que vai ao ar é feito com muito cuidado. "Nosso trabalho aqui é colocar uma novela com pessoas reais, a gente conta a história daquelas pessoas ali dentro o tempo inteiro", disse Rodrigo. O que vai entrar é aquilo que importa para o público tudo que tem a ver com a conivência deles e que vai levar a questão do voto. Fora isso, tem momentos engraçados, divertidos que é um critério deles de tentar contemplar os participantes.
Quem também acompanhou a visita à casa, foi o apresentador, Roberto Justus. Aliás, essa foi a primeira vez que ele conheceu tudo lá dentro. Ele vai para lá três vezes na semana: segunda, na formação da roça, terça, na prova do fazendeiro, e quinta, na eliminação.
"Não posso dar nenhuma informação externa, não posso interferir e tenho que tomar cuidado. Eu tenho vontade de falar as coisas e falo coisas que não estão no texto, mas eu amo fazer esse programa" contou o apresentador, que faz questão de colocar a sua cara e suas palavras nos textos dos redatores. "Esse envolvimento faz o sucesso do programa".
Chegando aos corredores de câmeras atrás das paredes da casa, mais um momento de ficar impressionado. Você está ali, cara a cara com Ana Paula Minerato, Monque Amin e os participantes. Alguém está lavando a louça, se olhando no espelho e você está lá vendo a pessoa, mas ela nem imagina que você está lá. É assim por trás de todas as paredes.
São corredores bem escuros, onde quase não se vê nada, só a luz vinda das câmeras e da própria casa. Inclusive, a roupa para quem entra lá tem que ser tão escura quanto o local. Lá também tem algumas portas por onde alguém da produção entra caso haja necessidade.
O switcher também é algo impressionante. Lá ficam vários funcionários observando as 50 câmeras espalhadas pela casa da "Fazenda". De lá saem os sinais para a casa como quando tem alguma coisa na dispensa ou quando a porta é trancada e destrancada.
Fazendo um tour pela casa de "A Fazenda - Nova Chance" percebemos que o trabalho vai muito além do que podemos enxergar e imaginar. Com uma estrutura tão grande, será que realmente a emissora protege participantes? Coloca um roteiro para os peões seguirem? Justus nega. "Uma emissora como a Rede Record, um apresentador que tem uma carreira que eu tive na minha vida, com credibilidade, importância. Que interesse vamos ter em correr o risco de querer ajudar um participante de reality show? Fala o que vai mudar na nossa vida que a Ana Paula Minerato ou Marcos Harter ganhem? Com todo respeito a essas pessoas, eu não construi uma história por causa de um participante de reality show. Estou pouco me lixando para quem sai ou quando sai", finalizou ele.