Barriga de aluguel, transplante de coração, amor entre uma muçulmana e um brasileiro, tráfico de pessoas. Tudo isso já foi tema de novelas escritas por Glória Perez , que vem dando sequência às polêmicas em "A Força do Querer". Na trama, a autora aborda temas como a transexualidade, o tráfico de drogas e o vício em jogos de azar, mas a verdade é que o buraco é bem mais embaixo e nem todoos esses temas (e outros) são tratados como deveriam.

A maior polêmica de
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A maior polêmica de "A Força do Querer" talvez seja a migração para a vida criminosa


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"A Força do Querer" vem mostrando com muita ênfase o tráfico de drogas com Bibi, personagem de Juliana Paes , e Rubinho, personagem de Emílio Dantas , junto com a transição de um casal para a vida criminosa. Além disso, Carol Duarte está mostrando o drama de uma jovem transexual que não se aceita e Lilia Cabral é responsável por mostrar o vício em jogos.

O problema é que além desses temas, algumas polêmicas estão escondidas por trás de alguns personagens da trama e acabam recebendo pouca importância.

O machismo aparece frequentemente na novela
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O machismo aparece frequentemente na novela


Machismo

Um exemplo claro disso é o machismo. Zeca, personagem de Marco Pigossi , é um rapaz completamente machista. Ele é do tipo que acha que mulher não sabe se defender sozinha e tem até um certo tipo de problema com o emprego de Jeiza ( Paolla Oliveira ), sua namorada. Mas, ao invés de tratar isso realmente como um problema, o tema acaba ganhando ar engraçado e diverte o público, afinal, é só ciúmes, né?

Ainda dentro do machismo, a autora ainda tenta abordar de uma forme bem tímida o preconceito contra a mulher em relação a trabalhos ainda tidos como masculinos. Nesse caso, quem entra em ação novamente é a policial Jeiza, que em conversa com Caio (Rodrigo Lombardi) conta o quanto ainda sofre com isso e até exemplifica, falando que as pessoas nunca levam a sério quando ela dá uma voz de prisão, faz uma revista, ou coloca em prática qualquer coisa que a sua profissão pede.

Agressão física contra a mulher

Ruy, interpretado por Fiuk, também não fica muito atrás quando o assunto é machismo, mas em um capítulo da novela, a coisa ficou pior: o rapaz pegou sua ex-noiva pelo braço, caracterizando uma agressão. Ela, por sua vez, abriu um boletim de ocorrência. O resultado? "Cibele exagerou".

Nonato sofreu preconceito da própria família
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Nonato sofreu preconceito da própria família


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Homofobia

A homofobia também aparece na novela de Glória Perez. O responsável por isso é Nonato, personagem de Silvero Pereira , que em determinado capítulo contou sua história para uma amiga: o rapaz foi flagrado pelo irmão fazendo um show como travesti e apanhou dele na rua.

Apesar da cena forte em que ele relembra a surra, o assunto homofobia não é aprofundado pela autora da novela, o que bem possivelmente deva ser alterado na continuidade.

Vício

Por fim, mas não menos importante Silvana tem um problema que, apesar de grave, é mostrado como algo engraçado. O público está percebendo que o vício da personagem de Lilia Cabral em jogos é grave e pode afundar a pessoa, mas isso ainda não foi tratado como deveria.

Os momentos de Silvana são preocupantes, mas fazem o público cair na risada
Divulgação/TV Globo
Os momentos de Silvana são preocupantes, mas fazem o público cair na risada


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Ao contrário disso, os momentos em que a personagem aparece mentindo para o marido junto com sua fiel escudeira Dita ( Karla Karenina ) e passando apuros com os jogos, são momentos divertidos, mas que devem mudar em breve, já que nos próximos capítulos de "A Força do Querer", a arquiteta deve ser internada a força.

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