Entenda os riscos de soltar balões juninos
Redação EdiCase
Entenda os riscos de soltar balões juninos

Além da fogueira e das comidas típicas, os balões também são muito usados nas festas juninas em todo o Brasil. No entanto, esses objetos, que são vistos voando no céu das cidades, podem representar um grande perigo, causando incêndios e destruindo áreas verdes.

O funcionamento dos balões e o perigo de incêndios

A estrutura do balão é feita com materiais leves – como papel, plástico ou nylon – para que fique mais fácil na hora de manuseá-lo. Porém, de acordo com a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, é proibido fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios em florestas e demais vegetações, categorizando um crime contra a flora.

“Para que o item sobrevoe, é preciso utilizar fogo, pois, com o calor da labareda, a densidade do ar dentro da armação diminui, fazendo com que o objeto suba. Quando a estrutura do balão junino queima, ele desce pegando fogo e, se houver alguma floresta seca, casa ou indústria, há um risco imenso de incêndio. Por isso, os balões são proibidos pela legislação”, alerta Michel Arthaud, professor de química da plataforma Professor Ferretto.

Aumento de ocorrências de incêndios

Mesmo que os balões não sejam soltos perto de matas e vegetações , vale lembrar que esse ato é ilegal. De acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), no período dos meses de janeiro a maio de 2023, 436 ocorrências foram registradas a respeito de balões que sobrevoavam próximo a aeroportos.

É importante conscientizar a população sobre o risco de soltar balões (Imagem: Cacio Murilo | Shutterstock)

A importância da conscientização

Devido o seu grande poder de destruição, a conscientização sobre o risco de soltar balões deve ser contínua. “A química explica, de forma simples, por que o balão é um item tão perigoso e por que é tão arriscado manuseá-lo e colocá-lo para voar. É importante conscientizar a população a respeito para que [as pessoas] entendam por que não vale a pena correr esse risco”, finaliza Arthaud.

Por Isabela Rocha

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