O novo filme de Francis Ford Coppola , “ Megalópolis “, teve o teaser divulgado nesta semana. O longa, que estreia nos cinemas brasileiros em 31 de outubro, traz no elenco Adam Driver como César Catilina, um artista visionário que sonha com um futuro utópico, e Giancarlo Esposito no papel de Franklyn Cicero, o ambicioso prefeito de Nova Roma. O aclamado diretor é vencedor do Oscar por “O Poderoso Chefão” (Partes I e II) e “Patton: Rebelde ou Herói?”.
A trama se desenrola na futurística cidade fictícia, onde ocorre um confronto entre César, que luta por ideais elevados, e Franklyn, movido pela ganância. No centro desse conflito está Júlia Cicero (vivida por Nathalie Emmanuel , de Game of Thrones), dividida entre a lealdade ao pai, César, e seu amor por Franklyn, enquanto busca decidir qual o futuro que a humanidade merece. Além de Driver e Esposito, o elenco conta também com Shia LaBeouf .
O trailer revela um ambiente futurista, outrora Nova York, que agora mescla a modernidade de um dos maiores centros urbanos com a imponência da Roma antiga. Essa fusão de cenários intensifica ainda mais a expectativa em torno da produção.
O filme, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, tem gerado grande discussão. Um dos aspectos que mais chama a atenção é o fato dele ter sido autofinanciado por Coppola, com um custo estimado em 120 milhões de dólares, e ter enfrentado dificuldades para encontrar uma distribuidora. Para realizar o projeto, um sonho que acumula 40 anos, Coppola teria vendido uma grande porção de sua vinícola, a Francis Ford Coppola Winery.
Antes do anúncio de que a Lionsgate assumiria a distribuição, havia grande incerteza sobre o destino do projeto. Uma distribuidora, em declaração anônima ao jornal The Hollywood Reporter, sugeriu uma das razões para essa hesitação: “Não há como posicionar este filme”. Outra fonte foi mais longe: “Ele oscila, vagueia, vai para todos os lados? Sim. Mas é realmente imaginativo e diz algo sobre o nosso tempo. Acho que será uma distribuidora pequena e especializada que vai adquiri-lo.”
Apesar do mistério que o cerca, o impacto de “Megalópolis” parece ser inevitável. Após a exibição em Cannes, Bilge Ebiri , jornalista do site Vulture, ofereceu sua análise: “Megalópolis nos chega como o (talvez último) testamento de um artista agora em seus 80 anos, mas às vezes parece mais os pensamentos febris de uma criança precoce, impulsionada e deslumbrada, e talvez um pouco perdida em todas as possibilidades do mundo à sua frente.” Ele concluiu: “Pode ser a coisa mais louca que já vi. E estaria mentindo se dissesse que não aproveitei cada segundo insano dessa experiência.”
Para nós, resta aguardar. Confira o teaser: