Herson Capri: "Detesto ex-fumante chato"

Fumante por 30 anos, ator conta como foi largar o cigarro depois de um câncer no pulmão

Foto: Felipe Gaspar/Revista Trip
Herson Capri: 'O cigarro é realmente feito para o lucro de uma indústria, disso não há dúvida'

Herson Capri conta em entrevista à edição de fevereiro da revista "Trip" como sua vida mudou após enfrentar um câncer no pulmão.

O ator, que abandonou o cigarro por 30 anos, descobriu a doença exatamente no ano em que parou de fumar. “Apareceu exatamente no ano em que parei, mas só fui descobrir depois. Talvez por intuição. Acredito mais em intuição do que em premonição ou destino", disse Herson, que ainda garantiu que respeita os hábitos dos outros e não tem paciência para quem faz pregação contra o cigarro: "Acho que posso colaborar expondo minha experiência. Só não vou pegar uma bandeira, porque respeito muito a liberdade individual. Detesto ex-fumante chato. Se perguntarem o que acho, eu respondo, mas só isso".

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Herson foi protagonista de uma famosa campanha de cigarros nos anos 70. Segundo o ator, o roteiro do comercial o encantou, porque parecia um filme de verdade. “Li o roteiro fiquei encantado, porque era um filme completo, com início, meio e fim. E eu nunca tinha feito um filme! Achei que era minha chance. Eu fumava, não tinha nenhuma preocupação em fazer propaganda de cigarro, em ser politicamente correto”.

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O intérprete de Alberto em "Aquele Beijo" contou também porque começou a fumar e o que pensa sobre cigarro. “O que me atraía era o ato de fumar. A fumaça é uma coisa esquisita, não é legal. Mas o gesto era transgressor, significava não ser normal, ser mais velho, imitar os galãs de cinema. Fumar não é inteligente, assim como todos os vícios ligados a alguma droga. Você prejudica sua saúde, sua vida social. Produz menos, se concentra menos, enxerga menos, cheira menos, sente menos. Tudo menos. É sem sentido. É realmente feito para o lucro de uma indústria, disso não há dúvida”.

A "Trip" de fevereiro chega às bancas no dia 10.

Foto: Felipe Gaspar/Revista Trip
Fumar era transgressor, significava não ser normal, ser mais velho, imitar os galãs de cinema

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