Prometeram muitas mortes no 8º ano de "Game of Thrones e o 2º episódio da temporada talvez tenha sido um último aceno aos favoritos de muitos fãs. Ao mesmo tempo, série tumultua convicções e acua Daenerys em Winterfell
"A Knight of Seven Kingdoms", segundo episódio da oitava temporada de "Game of Thrones", se incumbiu de mostrar a angústia que invade aqueles que estão preparados para fazer a defesa do reino dos homens contra o avanço do Rei da noite e seu exércio de mortos.
Foi um episódio de "Game of Thrones" em que este clima de inevitabilidade e terror foi soberano, ainda que tenha tido alguns acenos para os fãs, como o sexo entre Arya (Maise Williams) e Gendry (Joe Dempsie), Brienne de Tarth (Gwendoline Christie) se tornando um cavaleiro pelas mãos de Jamie (Nicolaj Coster-Waldau) ou Brienne, Jamie e Tormund (Kristofer Hivju) dividindo o mesmo espaço.
No entanto, três cenas em particular chamam a atenção e geram reminiscências para os fãs enquanto o desfecho se pavimenta. Uma delas é um diálogo entre Jamie e Bran (Isaac Hempstead Wright), sobre perdão, redenção e futuro. "Como você sabe que haverá um depois?", provoca o Corvo de Três Olhos para Jamie após ele indagar sobre como será após o confronto com o Rei da Noite.
Antes disso, porém, Bran havia sugerido que não comentou sobre o que Jamie fizera com ele porque do contrário "Jamie seria a mesma pessoa e ele ainda seria Bran Stark". Mais enigmático, impossível. Mais adiante no episódio, durante um briefing para a batalha em que todos estavam inconvictos do que fazer, Bran admite um vinculo intrínseco com o Rei da Noite. "Ele sempre sabe onde eu estou". Ele concorda em ser uma isca para a estratégia definitiva de tentar derrotar o Rei da Noite para minar seu exército.
É importante frisar que Bran pode muito bem saber o resultado dessa batalha e não necessariamente está revelando. O personagem continua cercado de mistérios e a teoria de que ele seria o Rei da Noite continua a ganhar força.
Depois da longa noite
Furiosa com Tyrion (Peter Dinklage) por ter sido manipulado por Cersei (Lena Headey), Daenerys está a um passo de distitui-lo do posto de mão da rainha. Não é o primeiro, nem o segundo equívoco gigantesco dele na posição. Ela é desaconselhada por Jorah (Iain Glen) que, supomos, também a aconselha a aproximar-se de Sansa (Sophie Turner). Para além da boa piada relacionando Khal Drogo (Jason Momoa) e Jon Snow (Kit Harington), Sansa e Daenerys saíram da audiência informal pautada por cortesias com mais hesitações uma em relação a outra.
Sansa deixou claro que não está disposta a curvar-se para uma rainha do Sul, a despeito do amor de seu irmão pela rainha, que não gostou do atrevimento.
E Daenerys gostou ainda menos de descobrir que não é ela, e sim Jon, ou melhor Aegon Targaryen, o legítimo reclamante do trono de ferro. Os trombetes, no entanto, interromperam essa DR real entre Dany e Jon, que passou todo o episódio desviando o olhar de seu amor. "Você não acha conveniente que seu irmão e seu melhor amigo tragam essa verdade"?, retrucou.
A raiva e o ressentimento de Dany eram palpáveis. Embora compreensíveis, como isso tudo se manifestará no campo de batalha? O Rei da Noite chegou e as certezas que moviam Jon e Dany parecem se esfarelar. Pode o amor vencer? Por certo foi esse sentimento que motivou Jon a abrir o jogo logo de cara, mas será ele suficiente para fazer com que Daenerys aceite essa verdade passivamente? E nessas circunstâncias?
A Khaleesi nunca esteve tão acuada como agora e a teoria dela ser a grande vilã da série jamais teve tanta tração como neste momento.
Antes das respostas, porém, muitos personagens devem morrer no próximo episódio, que será o maior da temporada, e mostrará o sucesso (ou fracasso) das defesas no Norte. "Game of Thrones" foi hábil em reconectar o público com os personagens em um episódio muito menos tenso do que a premiere e que terminou com o mesmo gancho, mas em um contexto completamente diferente.