Feminicídio, cotas, Enem e as maiores polêmicas de Alexandre Garcia
Jornalista deixa a Globo após mais de 30 anos na casa. Período no qual acumulou admiradores, detratores e uma boa cota de polêmicas; relembre
Com mais 30 anos na casa, Alexandre Garcia vai deixar a Globo e o anúncio da saída do jornalista da emissora causou grande comoção nas redes sociais na tarde desta última sexta-feira (28) do ano.
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Além de emitir opiniões nos jornalísticos da emissora, Alexandre Garcia declamava sutis pareceres em suas redes sociais. Frequentemente a expressão de suas opiniões suscitava polêmicas. Neste contexto, o iG Gente resolveu compilar algumas vezes em que as posições do jornalista o colocou no olho do furacão.
- Cada um com seus problemas
A atriz Jane Fonda revelou, há algum tempo, que quando criança foi estuprada. A notícia repercutiu no Brasil e no mundo e Alexandre compartilhou uma das matérias referentes ao acontecimento em sua conta no Twitter desdenhando da situação: “E eu com isso?”.
Com uma enxurrada de críticas, Garcia tentou mais tarde reverter a situação: “Uma brasileira é estuprada a cada 11 minutos e não reagimos nem nos escandalizamos, mas nos preocupamos com a americana”, declarou.
- Estão inventando moda!
Em fevereiro de 2017, o jornalista polemizou novamente. Desta vez, criticando termos criminalistas. A palavra feminicídio ganhou força depois da aprovação da lei em março de 2015. Ela surge como um agravante a homicídios quando estes são provocados por crimes que são baseados no ódio à mulher. Entretanto, o jornalista criou polêmica no Twitter ao considerar que a palavra poderia ser apenas uma invenção.
"Feminicídio é invenção de quem pensa que homicídio é matar hômi”, iniciou. “Então assassinato de homem vulnerável seria androcídio?”, acrescentou em seguida.
- Racismo? Nunca nem vi
Em 2015, no " Bom Dia Brasil ", o jornalista chegou a comentar que “o Brasil não era racista até criarem as cotas”. A frase polêmica ganhou notoriedade nas redes sociais, principalmente, por surgir meses depois do caso de racismo sofrido pela jornalista Maju Coutinho, que foi xingada por internautas por conta da sua etnia.
Você viu?
- Não existe privilégio branco
No mesmo ano, Garcia revoltou estudantes e professores durante uma reportagem da Globo sobre as aprovações dos jovens na Universidade de Brasília (UnB). O jornalista fez um comentário sobre as cotas que foram usufruídas pelos estudantes de ensino público, comparando-as com um pistolão.
“Temos que pensar na qualidade do ensino. Aqui no Brasil ele é todo assim por pistolão, empurrãozinho, ajuda. A tradução disso é cota. Aí põe lá um monte de gente… só 67%, você viu aí, passaram por mérito. Estão aprendendo como é a vida, a concorrência, sem nenhuma humilhação de receber empurrãozinho. O mérito é a base”, disse.
Diversos docentes e alunos utilizaram as redes sociais à época para demonstrar a sua insatisfação com o comentário do jornalista.
- Risco de vida!
Outra polêmica levantada por Alexandre foi em 2010, em comentário contra a campanha do Ministério da Saúde que, à época, encorajava a gravidez de mulheres portadoras do vírus HIV. “O Ministério da Saúde (MS) está estimulando agora pessoa com HIV a engravidar. Eu duvido que o MS vá fazer uma cesária pela terceira vez numa mulher com HIV e se respingar sangue nele para ver o que vai acontecer. É uma maluquice, estão fazendo brincadeira com a saúde...", disse. Alguns dias depois, o Ministério da Saúde e ativistas repudiaram o comentário do jornalista expondo mitos e verdades sobre a doença.
- Tudo culpa do Enem
Irônico e ácido como sempre em seus comentários, em 2015, ainda no "Bom Dia Brasil", Garcia deu mais uma declaração polêmica. O jornalista disse que “não existia violência contra as mulheres antes do Enem”. A citação do comentarista foi sobre o tema proposto na redação do exame à época. O posicionamento desencadeou represálias na internet.
- Acordo para que?
Em 2017, também no Twitter, Alexandre se envolveu em outra polêmica, mas esta envolvendo relações internacionais. Aproveitando toda a comoção em torno do Acordo Climático de Paris, o jornalista da Globo fez uma piada sobre o tema, mas acabou sendo rebatido por seus seguidores.
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"Se o Sol não aderir ao Acordo de Paris, não tem jeito. Há bilhões de anos ele é responsável por aquecimentos e esfriamentos da Terra", escreveu Alexandre Garcia , que foi altamente criticado por seu posicionamento.