Posando para a revista digital aCriatura , a atriz e feminista Bruna Linzmeyer falou sobre sua sexualidade, a perda de contratos publicitários após assumir um relacionamento com outra mulher e a relação do corpo feminino com pelos.
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Em um relacionamento de um pouco mais de dois anos com Priscila Visman, Bruna Linzmeyer falou sobre a falta de referência de representatividade lésbica na sua adolescência. "Seu tivesse tido referências e representatividade lésbica na minha infância e adolescência, teria sido lésbica muito antes. Perdi milhões de coisas na minha adolescência porque isso não era uma possibilidade”, declarou.
A atriz também revelou que se pudesse fazer por uma menina "o que uma atriz famosa poderia ter feito por mim, tá show, tá valendo".
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Engajada na luta por um futuro mais igualitário e sem opressões, Bruna se assumiu homossexual no começo de 2015 com seu relacionamento com a cineasta Kity Féo, e também falou sobre sua escolha."De ruim, nada. Só coisa boa. Tenho mais pertencimento. Ando em qualquer lugar do mundo e quando vejo uma lésbica atravessando a rua, a gente cruza o olhar e sabe que a gente pertence a um lugar, que a gente está na mesma luta. Mais recentemente, isso tem acontecido com qualquer mulher, digo, qualquer feminista. E isso é lindo. Isso dá um sono melhor, uma alegria melhor".
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Em consequência da sua liberdade, a atriz relatou que perdeu alguns contratos publicitários, mas que novas portas se abriram: "(...) Minha família não tem dinheiro para me sustentar. Desde meus 15 anos pago minhas contas. Esse foi um cuidado das pessoas que me amavam perante um mundo opressor que a gente vive. (...) Perdi contratos de publicidade, não sei se na televisão. Mas, outras coisas chegaram, inclusive contratos de publicidade por causa disso".
Relação com o corpo
Na entrevista, Bruna também contou que sempre foi considerada uma pessoa que "quebra regras desde criança", explicando que os pelos nas axilas e nãp querer ser mãe não é algo para provocar os outros, mas uma escolha.
"É realmente quem sou. Me surpreende, incomoda, que isso seja uma questão para os outros, uma provocação. A mulher não precisa ser mãe para ser mulher. E uma mulher adulta tem pelos. Então, toda a questão dos pelos me parece pedofilia, porque quem não tem pelos são crianças, são meninas. Por que a gente tem essa ideia de que é sexy mulher sem pelos? (...), completa Bruna Linzmeyer .